Convidado do “Bem, Amigos!” desta segunda-feira, treinador diz que eliminação do clube na pré-Libertadores pesou na decisão de deixar o time: “Todo ciclo tem um início, meio e fim”
Renato Gaúcho foi o convidado do programa “Bem, Amigos!” desta segunda-feira, no SporTV. Ídolo do Grêmio, o treinador que deixou o clube no meio de abril explicou a decisão de entregar o comando da equipe após a eliminação na terceira fase da Libertadores para o Independiente del Valle.
– Muitas coisas foram faladas depois que o Grêmio foi eliminado do jogo da pré-Libertadores. Eu estava ainda me recuperando da Covid-19 e ouvi certas coisas de uma pessoa. Não vale a pena comentar, mas eu não gostei. Aí eu fui dormir. No dia seguinte, tocou o telefone. Era a minha esposa. E ela falou assim: arruma as malas e vem embora. Todo ciclo tem um início, meio e fim – afirmou o técnico, que mostrou descontentamento com um membro do clube que preferiu não citar o nome.
– E aí me deu um estalo. Realmente, quatro anos e sete meses e eu não vou ficar aqui escutando umas coisas de uma pessoa que não faz nada pelo clube, não entende nada e fala um monte de besteira. Aí minha ficha caiu. E mais ou menos pela 1h (da tarde) o presidente me ligou. Eu falei: presidente, eu sei que vocês estavam em uma reunião, mas, independente da reunião, deixa eu falar uma coisa: eu já arrumei a minha mala.
– Estou indo embora porque eu acho que na vida as pessoas têm que ter respeito pelas outras. Principalmente ídolos. E no momento que você tem uma pessoa no clube que não faz nada, pelo contrário, atrapalha, eu não vou ficar batendo boca com ninguém. Estou de malas prontas. Ninguém vai mudar minha opinião, independente da de vocês. Já marquei minha passagem e estou indo embora. Eu sempre tive uma amizade, uma linha direta com o Romildo nesse tempo todo.
Renato na Seleção?
Antes das explicações de Renato Gaúcho sobre a saída do Grêmio, na abertura do programa, Galvão Bueno rasgou elogios aos treinador e afirmou que ele é o seu preferido para assumir a seleção brasileira quando Tite deixar o cargo.
– Eu vou falar logo de cara para deixar a polêmica no ar. Eu nunca escondi minhas opiniões e não vai ser depois de mais coroa que eu vou esconder. Eu sempre disse claramente. Quando o Tite sair, se o Tite vier a sair, quando vier, depois da Copa, se alguém me perguntar, e eu tiver algum direito de escolher quem seria o técnico da seleção brasileira, eu diria sem titubear Renato Gaúcho Portaluppi – disse Galvão, que recebeu o apoio de alguns comentaristas.
Por redação do ge