Após encontrar o filho morto em casa, hoje (03), desolada, a cantora Walkyria Santos contou que o menino tirou a própria vida após comentários homofóbicos em uma rede social. Segundo a artista, o adolescente, de 16 anos, publicou um vídeo de uma brincadeira com amigos e recebeu uma enxurrada de críticas.
Walkyria pediu as pessoas que deixem de destilar ódio e mencionou que a “internet está doente”. Muito abalada, ela abraçou a peça de roupa que o filho usou pela última vez.
Quem de nós queria estar passando por isso que esta mãe está passando? Acho que ninguém.
Mas, quantos de nós, de alguma forma, todos os dias, não dissemina o ódio por meio de comentários descabidos, homofóbicos, xenofóbicos… Com a publicação de imagens preconceituosas… Com notícias falsas que destroém reputações?
Não é a internet que está doente, somos nós.
Precisamos atentar para o fato de que podemos estar ficando viciados em redes sociais. Ninguém parece viver mais sem as conversas no Whatsapp, os posts no Facebook, os stories no Instagram, os vídeos no Tik Tok… E como todo e qualquer vicio existem suas consequências: ansiedade, irritabilidade, falta de autocontrole, as mesmas de qualquer outra dependência.
Ao nos distanciarmos da vida real e das relações familiares, imaginamos um universo paralelo, que ao ser desconstruído, gera uma série de fatores em cadeia, tais como: a baixa autoestima, a insatisfação pessoal, a depressão ou hiperatividade e, inclusive, a falta de afeto, carência que muitas vezes os adolescentes tentam preencher com likes.
Além da uma vida social ampla, e a necessidade de reafirmar a identidade de grupo, há o medo de ser excluído e, paradoxalmente, o flerte com a solidão. Que estejamos atentos aos sinais: “os laços que formamos através da internet não são, no final, os laços que unem, mas sim os laços que preocupam”.
*Misael Nóbrega de Sousa
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