Por Prof. Me. Francisco Marcos: Céus e Terra passarão e as suas atitudes e ações ficarão

É imprescindível a consciência de que estamos apenas de passagem por este mundo. “De Deus viemos, nos movemos e somos”, assim professa a fé cristã, que por meio de sua ética, conduz boa parte do que entendemos por princípios na sociedade ocidental. Mas, o que mais me intriga em toda essa perspectiva é que, muito embora, muitos até professem este credo, agem e possuem uma conduta totalmente divergente.

Estamos às portas do Bicentenário da Independência do Brasil, do seu surgimento como país. Contudo, o que devemos comemorar? A saída de colônia explorada para um país endividado? A pintura que os livros de história oferecem de um bom imperador à cavalo, empunhando uma espada e defendendo o seu povo é um tanto controvertida, um tanto quanto de que o Brasil é um país de maioria cristã. “A árvore se conhece pelos frutos”, ditado popular que de acordo com os princípios lógicos o inverso é verdadeiro, exceto quando se tratar de uma proposição condicional. Independente do credo professado, em nossas terras existem homens e mulheres de bem; e isto é uma verdade.

Mais uma vez, sustento que o problema do nosso país é de ordem cultural. E o tal “jeitinho brasileiro” nada mais é do que a falta de conduta reta diante da necessidade de um caráter idôneo. Devemos ter consciência de que dentro ou fora dos supostos poderes que nos são concedidos devemos ter consciência de que o bem comum é o caminho mais sustentável e próspero neste mundo, sem falar que estamos apenas de passagem. O que vale juntarmos tantos títulos e recursos se não tivermos a consciência de que tudo está condicionado à fugacidade? “Tudo passa”. Mas, enquanto cristão e cidadão defendo que é preciso um olhar diferente ao nosso país, ao nosso povo que está cansado e enfadado de tanto massacre.

É preciso olhar à frente com esperança, com consciência de que precisamos construir um novo legado. Mais do que palavras, o povo brasileiro precisa de homens e mulheres com atitudes como alguns governantes (Bom sublinhar). E sei, que não são poucas as andorinhas que querem fazer o verão, apenas falta conexão entre elas para anunciarem um novo tempo para o nosso país. Este novo tempo deve ser superior às prerrogativas partidárias ou dos regimes celebrados, que até hoje não atendem aos anseios do povo.

Prof. Me. Francisco Marcos Alves