Professor Pedro Neto (Professor Lé): Ele era Legal!

As ruas de Catolé estão mais tristes. Falta alguém! Chamava a atenção dos transeuntes, aquela figura exótica. E a indumentária? Para completar, ainda usava aquele chapéu, caracterizado com as cores do time do coração. Parentese: Clube de Regata Vasco da Gama. Esse era Gilson…falando assim, talvez muitos não saibam de quem estou falando. Mas ainda falando sobre o Vasco. O time cruzmaltino era sua vida. Era amor de verdade! Depois do Vasco, os passarinhos, as fotos e o seu palavreado preenchiam sua vida.


.Legal, era diferente. Pessoa simples. Amigo de verdade dos seus amigos. Não suportava hipocrisia, falsidade e outras coisas do ramo. Conhecia Dito desde o tempo que ele era funcionário do Banco do Nordeste, e era integrante da banda marcial do Colégio Técnico Dom Vital. O tarol era seu xodó! Era uma “autarquia ” esse Dito!


Gilson Dito Legal Sá Silva também jogou futebol. Vi-o jogando, numa partida em que o Dom Vital perdeu para o ABC do bairro da liberdade (baixa da cachorra) pelo escore de 3 x0. Esse jogo foi realizado no campo de Frei Marcelino ( campo do Colégio Dom Vital). Época de Copa do Mundo. Brasil tricampeão. Festa! A pátria de chuteiras estava em alta. No campo do Dom Vital os atletas jogavam sem chuteiras. As camisas do ABC(associação baixa da cachorro) eram feitas de flanela, e tinham as mesmas cores da Seleção Brasileira comandada por Mário Jorge Lobo Zagalo. Diferentes, só os meiões. Também! Ora os times jogavam descalços.


Legal era dono de um palavreado só seu. Conversava certa vez com o cantor Chico César…Aspas prá ele: Legal é um cara inteligente. E é verdade. Concordo! As palavras tinham um sentido diferente quando faladas por ele. Não sei se aquilo era natural ou ele estudava…Sei que eram utilizadas de uma maneira tal, que se tornavam interessantes. Gilson Ribeiro sabia usar o jogo das palavras: “magnata “, “tipo “, “horizonte “, “Vanderleia “, “Elisângela “, “amigo “, jardim da infância “, ” creche ” e tantas outras faziam parte de suas expressões.


Ele tinha verdadeira adoração por seus passarinhos. Tinha por eles, um cuidado especial. Dedicava boa parte do seu tempo aos “amigos “. Era feliz, ouvindo o treinador daquelas figurinhas…era sua vida. Aspas prá Dito: Foi numa ” operação limpeza ” que fraturei a perna. Tudo por conta dos “magnatas” aí. Gente boa, esse Legal! Compreendido por muitos e criticado por aqueles, que, não entendiam o mundo que era só seu. Talvez inveja? Parentese: Existem pessoas que vivem assim. Nada produzem. Se preocupam com todos e com tudo, porque esse também, é seu Mundo. São aves agourentas, desse palco da vida.


Outro ponto fundamental na existência deste vascaíno de coração, era seu acervo fotográfico. Principalmente das pessoas falecidas. Lá encontrei fotos do meu pai e de várias pessoas conhecidas. Aquele material merece uma atenção especial. Com a palavra, os entendidos…espero…que um dia, alguém pense…nisso.


Sempre visitava Dito Legal e via o carinho existente entre os irmãos: Gilson, Genizinha e Zildinha. Alí, existia amor!


Magnata, o horizonte está zero. As Elisangelas e os tipos sentem sua falta. Com certeza, as creches agora não estão tão românticas, porque sentem sua falta. O Jardim da Infância parece que está sem emoção, pois você, não circula pelas ruas de nossa cidade, empunhando a bandeira do Vasco, que de tristeza, já não joga como antigamente.


Saudades de Gilson; lembranças de Dito, Legal esse Silva!

Autor do Texto: Professor Pedro Neto (Professor Lé)

Professor Pedro Neto (Professor Lé)

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