Anunciado pré-candidato ao Senado Federal nesta quarta-feira (23), Sérgio Queiroz (PRTB), elencou suas prioridades caso chegue ao congresso nacional. Em entrevista ao Programa Hora H, da Rede Mais rádio, o religioso defendeu o lançamento de candidaturas avulsas e criticou o sistema eleitoral brasileiro.
Na visão de Sérgio, o atual sistema está atrasado em relação às democracias de outros países, que não obrigam a filiação partidária para lançamento de uma candidatura. Ele citou o exemplo da França, que elegeu Macron. O pastor também fez críticas ao judiciário. Ele acredita que o poder precisa ser “contido” para evitar possíveis abusos.
“O sistema não me dá esperanças de mudanças, quem quer que seja que vai ocupar as cadeiras. Um sistema que precisa ser mais contido e autocontido. Um sistema que ainda não permite candidaturas avulsas no Brasil, onde apenas 10 a 12% das grandes democracias do mundo não permitem candidaturas avulsas. Isso me dá uma ira santa. Em saber que países com a França, que é baluarte da revolução, elegeu Macron como candidato avulso, por que não no Brasil? Essa indignação com o sistema, a falta de critério na distribuição de emendas parlamentares impositivas, tudo isso me inquieta. É muito difícil que eu mude, mas eu vou pelo menos para gritar, para dizer que eu não me conformo com isso, e que muita gente não se conforma com o sistema que temos hoje. Partidos são mal necessários na configuração atual. Partidos não são ruins em si, mas quando a gente tem a possibilidade de candidaturas avulsas, os partidos brigam por seus fundos. Quem não tem fundos, mas tem história, tem voz, pode tentar, à sua maneira, o que muitas não entendem ser a única.” analisou.
Apesar de ter sido secretário Especial de Modernização do governo Jair Bolsonaro (PL), Sérgio Queiroz é novato na política eleitoral. Essa é a primeira candidatura lançada pelo religioso, que se posiciona como um ‘outsider’ da política. Para defender sua candidatura logo de cara ao Senado, ele justificou que essa unidade do legislativo é a única que teria poder de atuação justamente para coibir o judiciário.
“O Senado precisa ter mais coragem para gerar instrumentos de contenção do judiciário. Constitucionalmente, digamos, é o Senado que pode conter os abusos do judiciário. O Senado precisa ter homens e mulheres forjados pela vida e não gente que apareceu aqui e conseguiu uma vaga no Senado. O Senado hoje tem representações muito significativas, mas você vê que o Senado virou uma mistura de ilustres desconhecidos e que não tem tanto para dizer do que fizeram.”, completou.
Confira a entrevista: