Por Professor Pedro Neto (Prof Lé): CSU e Varjão

O campo de futebol do CSU, foi construído nos anos 80. No início era gramado. Tive oportunidade de assistir sua inauguração, com um verdadeiro show de futebol.

Um fato interessante, acontecia no turno noturno: Os atletas viravam os refletores das quadras para o campinho, e jogavam livremente, até altas horas da noite.

Tive oportunidade de participar, de participar de vários torneios, no campo ou nas quadras do Centro Social. Alí, o futebol acontecia de forma brilhante. Muitos jogadores foram revelados no Bairro Luzia Maia e adjacências.

O tempo passou e tudo mudou. O campo do CSU, hoje, serve apenas para os famosos “rachas”, e outras atividades, nocivas à sociedade. As quadras, não servem mais para a prática esportiva. A iluminação foi destruída, e as traves já não existem. O gol Alí, já não existe. O grito preso, espera o gol acontecer. A Direção do CSU, perdeu no jogo da vida. Perdeu a praça esportiva! Perdeu o comando,  que hoje não tem comando! Preferiu isolar aquele setor, que hoje não tem nenhuma serventia. O CSU abandonado, serve de ponto de apoio para outras práticas.

Alí no CSU, tive oportunidade de organizar muitos torneios; participei de colônia de férias; criei um clube de atletismo e outras atividades, realizadas naquela praça esportiva, hoje abandonada. Hoje, treinar, é coisa do passado. Já não existe interesse por parte dos alunos,  como também, pelos professores da área.

O CSU foi palco, de grandes disputas futebolísticas. Hoje, apenas a saudade, existe na mente daqueles, que tiveram a oportunidade de frequentar aquela praça esportiva, e viram o desfile de grandes nomes, do nosso futebol, nas mais diversas categorias. Seria interessante, que as autoridades competentes, resgatassem o complexo esportivo do Centro Social Urbano. Acredito que a primeira ação, seria (parece que não vai acontecer nunca) a ampliação do muro e a recuperação do campo, como também a união das duas quadras (São pequenas), transformando-as num verdadeiro Ginásio de Esportes.

Depois de tudo isso, fica uma pergunta: Por quê os políticos, ligados ao atual Governador, não tomam nenhuma providência? Com a resposta, a turma que gosta de cargos e empregos , ou vice-versa.

Vou sair do CSU, depois de tão boas lembranças, e dá uma passada lá no campo do Varjão, onde o velho palco de tantas jornadas esportivas, foi transformado em casas. Até certo ponto, compreensivo, pois o campo de futebol,  estava muito próximo das residências. Alí, no manto sagrado do Varjão, atuaram muitos valores do nosso futebol: Michiquinha, Pitonho, Paulo César, Segundo, Zé Antônio, Hélio Duquinha, Neto de Germano ( todos falecidos), Miguelzinho, Zezinho de Edite, Sonhonnhon,  Tico de Firmino( nego corredor) e tantos outros bons jogadores do nosso futebol, que fizeram a alegria dos torcedores, nos turnos matutinos e vespertinos, nos domingos de futebol no famoso Bairro da Várzea  de tantas histórias.

Quando falamos no Bairro da Várzea, não podemos esquecer de Dedé de Pedin ou Dedé do Varjão,  que dedicou-se de corpo e alma ao futebol daquele Bairro. Dedé posteriormente, enveredou no campo da política,  mas lamentavelmente, teve sua vida ceifada num acidente automobilístico, na rodovia Edmir Xavier.

Falar no Varjão, é falar em João do Mato( ele nasceu no mato,  quando sua mãe lavava roupa), o esportista que revolucionou o futebol do Varjão, realizando torneios e campeonatos, sempre com a presença maciça do público, que agitava o bairro varziano, nas tardes de domingo.  João do Mato, além de organizar os torneios,também  era árbitro, ao lado de  PC,Gilson Alves e outros abnegados do nosso futebol.

Quem não foi ao Varjão, perdeu a oportunidade de ver o futebol do Ajax, Pão, Boi, América de Seu Dito, Chiolas, e outras boas equipes do futebol catoleense, que fizeram a alegria,  dos torcedores nos domingos festivos, onde a bola reinava, e era, tratada com carinho.

Tive oportunidade, juntamente com Ricardo Brilhante  de transmitir vários jogos no ” Caldeirão do Varjão.” Hoje, apenas a saudade joga em nossos corações. Dedé do Varjão foi morar no céu, e João do Mato, morou, por 7m bom tempo na capital espacial do Brasil. Voltou à Catolé, mas está distante do futebol.   Pois é,  o Varjão, sem campo, sem Dedé de Pedin e João do Mato,não é o mesmo. A bola fugiu, porque Basto, que também ajudou, e muito o futebol varziano, também está na casa do pai criador, organizando bons torneios de futebol, para alegria, de todos que foram o mundo celestial.

A Várzea,  sem futebol, é só tristeza. Lá, ninguém escuta os gritos de gol, pois a bola solitária,longe dos seus companheiros , nem quica, nem voa, e sozinha, dorme o sono dos esquecidos. A Várzea sem futebol, é a Várzea sem coração, sem bola e emoção.

 

Por Professor Pedro Neto (Prof Lé): CSU e Varjão

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