Guia da Série C 2024: veja como chegam os 20 clubes

O ge mostra abaixo um resumo do desempenho de cada clube neste início de temporada.

Veja o panorama:

O ABC disputou a Série B em 2023 e acabou rebaixado com uma das piores campanhas da história. O início da temporada 2024 não foi animador e o time acabou eliminado da Copa do Nordeste, da Copa do Brasil e do Campeonato Potiguar – ficou fora da final do segundo turno, para a revolta da torcida. A diretoria bancou a permanência do técnico Marcelo Cabo e, mesmo sem oficializar dispensas, começou o processo de reformulação do elenco.

Os primeiros reforços anunciados foram o volante Wellington Reis, que retorna ao clube após passagem pelo Santo André, o lateral-direito Felipe Albuquerque, ex-Inter de Limeira e Chapecoense, e o meia-atacante Gabriel Santiago, da Ponte Preta.

*Análise com contribuição de Augusto César, do ge Rio Grande do Norte.

Campeã da Série D em 2021, a Aparecidense entra confiante em mais uma participação na terceira divisão nacional. O time goiano é comandado pelo ex-meia Lúcio Flávio, de 45 anos, que dirigiu o Botafogo no ano passado. Na atual temporada, o Camaleão ficou em terceiro no Campeonato Goiano e garantiu vaga na Copa do Brasil do ano que vem.

Os destaques da equipe ficam com o experiente meia Robert e do zagueiro Vanderley. Apesar de ter um bom time no papel e destaques individuais, a Aparecidense ainda não passa confiança nos momentos decisivos. Na Copa do Brasil, o Camaleão foi eliminado pelo Villa Nova-MG na primeira fase.

*Análise com contribuição de Fernando Vasconcelos, do ge Goiás.

O Alvinegro não conseguiu avançar às semifinais do Campeonato Mineiro, feito que havia conquistado nas últimas temporadas. No entanto, o time do técnico Roger Silva faturou o Troféu Inconfidência — disputa dos times que ficaram entre a quinta e a oitava posições — e se garantiu pelo terceiro ano seguido na Copa do Brasil. A equipe estreia na Série C após subir de divisão em 2024.

*Análise com contribuição de Bruno Ribeiro, da TV Integração.

O Botafogo-PB chega a mais uma edição da Série C marcado por desgastes. Afinal, o time acumula derrotas recentes: foi eliminado nas quartas de final da Copa do Nordeste para o CRB e também amargou o vice-campeonato paraibano ao ser batido pelo Sousa. Nas duas ocasiões, o Belo perdeu nas penalidades.

Diante disso, saiu o técnico Moacir Júnior, e Evaristo Piza foi contratado. O treinador vai para a terceira passagem no comando do time botafoguense. Em 2018, com Piza no comando, o Alvinegro bateu na trave pelo acesso, sendo eliminado nos pênaltis pelo Botafogo-SP.

Para a Terceirona deste ano, o Botafogo-PB vai com o elenco reformulado para buscar um acesso tão almejado pela torcida desde 2014, ano em que o Belo voltou a jogar a competição nacional.

*Análise com contribuição de Cisco Nobre, do ge Paraíba.

Apesar de ter conquistado o acesso para a Série C na última temporada, o objetivo do Caxias é seguir subindo e conquistar a vaga na Segundona no próximo ano. Para isso, aposta na manutenção do elenco que fez uma boa campanha no Gauchão, caindo na semifinal para o campeão Grêmio.

Permanecem na equipe os principais jogadores, os atacantes Álvaro e Gabriel Silva, os meio-campistas Tomas Bastos e Elyeser. Além disso, Argel Fuchs também segue no comando da equipe. A saída mais sentida foi do goleiro Fabian Volpi, que não acertou a renovação com o Grená. Para seu lugar, o Caxias trouxe Thiago Coelho, ex-São Bento e Paysandu.

*Análise com contribuição de Roberto Peruzzo, do ge Rio Grande do Sul.

Após tropeços na pré-Copa do Nordeste e Copa do Brasil, o Confiança chega embalado pelo título estadual conquistado sobre o Sergipe, maior rival. Comandado pelo técnico Gerson Gusmão, que tem experiência em acessos, o Dragão busca uma campanha que garanta o retorno à Série B. Na última edição da terceira divisão nacional, os azulinos não avançaram para a segunda fase por conta de um ponto.

Para a Série C, o elenco vem sendo reforçado, como por exemplo, pelo volante Luiz Otávio, ex-Azuriz, o goleiro Igo Gabriel, emprestado pelo Botafogo, e o lateral-direito Lucas Mendes, que estava no São Bento.

*Análise com contribuição de Demétrius Oliveira, do ge Sergipe.

O CSA está em fase de reconstrução. Todo o planejamento montado para esta temporada foi desfeito em março, após a eliminação na primeira fase do estadual. O presidente-executivo Rafael Tenório renunciou e saiu também toda a cúpula do futebol. Vice-geral, Mirian Monte assumiu a presidência para iniciar uma reformulação visando a Série C.

Cristian de Souza é o terceiro técnico do CSA nesta temporada. Antes dele, foram demitidos Rogério Corrêa e Marcelo Cabo.

Um alento para a torcida foi o título da Copa Alagoas e, consequentemente, a vaga na Copa do Brasil de 2025.

*Análise com contribuição de Victor Melo, do ge Alagoas.

A Ferroviária retorna à Série C após 22 anos de ausência. Vice-campeã da Série D no ano passado, o clube iniciou o ano com expectativa de acesso na Série A2 do Campeonato Paulista, porém, a campanha frustrou sua torcida.

Ao longo do estadual, a direção do time de Araraquara trocou o comando técnico, com a saída de Alexandre Lopes e a contratação de Vinicius Bergantin. Embora tenha perdido apenas um jogo na Série A2, – foram dez empates em 17 partidas -, a equipe não empolgou o torcedor afeano e foi eliminada nas quartas de final pelo Juventus-SP.

Com o elenco ainda em reformulação, a Locomotiva perdeu seis atletas até o momento, incluindo o atacante Matheus Batista, artilheiro do time grená na temporada, com cinco gols.

*Análise com contribuição de João Fagiolo, da EPTV.

O Ferroviário olha para a Série C do Brasileiro após conseguir o acesso e título da Série D em 2023. No Cearense, o Ferrão foi eliminado pelo Ceará e não chegou à decisão do estadual. O time mudou de técnico no início das competições, após amargar eliminação na Pré-Copa do Nordeste, e se encontrou com Maurício Copertino. O treinador tem encontrado equilíbrio entre defesa e ataque.

Na Copa do Brasil, o time caiu na segunda fase após empate com Sampaio Corrêa e disputa nos pênaltis. O foco é completamente na Série C. O destaque do time é o atacante Ciel, que tem faro de artilheiro. Douglas Dias também é uma das lideranças. Copertino quer uma equipe que mescla experiência e juventude.

*Análise com contribuição de Beatriz Carvalho, do ge Ceará.

O Figueirense passou por uma reformulação total neste ano. Em dezembro, uma nova diretoria assumiu o Figueirense SAF, com investimento externo do Fundo Clave e com Enrico Ambrogini, ex-Cruzeiro, sendo o CEO do clube, e Marco Aurélio Cunha como diretor-executivo.

O técnico João Burse, ex-Tombense e Vitória, foi apontado como comandante da equipe. No Catarinense, um bom desempenho, comparado com anos anteriores, mas o Furacão foi eliminado nas quartas de final pelo Barra, que disputa a Série D. Foi o segundo ano consecutivo que o Figueirense não chega ao menos na semifinal estadual.

+ Relembre as últimas três campanhas do Figueirense na Série C

Na última semana, a partir do dia 9 de abril, Figueira começou a cumprir um transfer ban de seis meses sem poder inscrever atletas. Contudo, o clube correu contra o tempo para conseguir regularizar as cinco contratações para a sequência da temporada. Entre os destaques da equipe está o experiente Camilo, que chegou na reta final do estadual.

O Floresta tem apenas sete jogos nesta temporada. O time disputou o Cearense e caiu nas semifinais para o Maracanã. O Verdão levou a melhor no primeiro duelo por 1 a 0, mas a vitória por 2 a 0 classificou o Maracanã. No ano já foram três vitórias, um empate e três derrotas.

Os destaques do Floresta são o atacante Romarinho, o zagueiro Alisson e o volante Jô. O técnico é Felipe Surian, que foi campeão invicto da Série D do Brasileiro em 2016 pelo Volta Redonda.

*Análise com contribuição de Beatriz Carvalho, do ge Ceará.

O LEC vive, desde o começo do ano, uma fase de transição com a venda da SAF do clube. No Paranaense, o time foi montado às pressas. A campanha só deslanchou na reta final da primeira fase, quando o técnico Emerson Ávila encontrou um encaixe na equipe. Nas quartas de final, venceu o Athletico no jogo de ida, em casa, mas levou 6 a 0 na volta.

Agora, o elenco passa por uma reformulação, com saídas de alguns titulares, como o goleiro Neneca e o atacante Peu, e a chegada de 12 reforços, entre eles o atacante Daniel Amorim, ex-Vasco e Avaí e que estava no Athletic-MG. Na preparação para a Série C, o treinador sinaliza utilizar um esquema de três zagueiros, como fez no amistoso com o Corinthians.

*Análise com contribuição de Rodrigo Saviani, do ge Paraná.

Após fracasso na Série C do ano passado, quando sequer conseguiu classificação para a segunda fase, o Náutico passou por uma grande reformulação. Inclusive, na diretoria, com a oposição vencendo as eleições no clube.

Dentro de campo, com uma folha de R$ 600 mil e 21 contratações feitas, o time conseguiu as metas traçadas (vaga na Copa do Brasil de 2025, classificar para a segunda fase do Nordestão e chegar à final do Estadual). Apesar disso, o desempenho não agradou. O que custou o cargo do técnico Allan Aal, demitido entre os dois jogos das finais do Pernambucano contra o Sport.

Para o seu lugar veio Mazola Júnior, que tem no currículo dois acessos à Série B (por Paysandu e Oeste). Agora, a principal busca no mercado é por reforços no setor ofensivo, calo da equipe nesse primeiro trimestre. Se acertar nas contratações (a folha terá um pequeno acréscimo), o Timbu pode chegar como um dos favoritos ao acesso.

*Análise com contribuição de João de Andrade, do ge Pernambuco.

Após eliminação na Copa do Brasil e desempenho abaixo do esperado no Parazão, o técnico Ricardo Catalá foi demitido.

Com Gustavo Morínigo no comando, o Remo mostrou bom desempenho e manteve uma invencibilidade de oito partidas. No entanto, nos confrontos contra o Paysandu, na semi da Copa Verde e final do Paraense, não conseguiu uma única vitória. O time criou várias chances e não foi dominado por um adversário que hoje está na Série B, mas a falta de pontaria atrapalhou o time azulino.

*Análise com contribuição de Nicksson Melo, do ge Pará.

Depois do rebaixamento na Série B do ano passado, o Sampaio passa por uma fase de reformulação. Do elenco da temporada passada poucas peças permaneceram, como as lideranças Pimentinha e Ferreira. Entre as contratações de destaque estão o goleiro Felipe, ex-Corinthians e Flamengo, e o lateral-esquerdo Cortez, ex-Grêmio.

O técnico para esta temporada também mudou: Thiago Gomes, que vem treinando a equipe desde a pré-temporada.

Em 2024 o clube não conseguiu avançar até a fase de grupos da Copa do Nordeste, mas já está garantido na terceira fase da Copa do Brasil. O Sampaio Corrêa está na final do Maranhense, onde busca seu 37° título. No primeiro jogo da decisão, na terça-feira, o Tricolor empatou em 3 a 3 com o Maranhão. A decisão será domingo.

*Análise com contribuição de Afonso Diniz, do ge Maranhão.

Eliminado na primeira fase do Campeonato Paulista e na segunda fase da Copa do Brasil, o São Bernardo entra na Série C do Brasileiro com mudanças significativas dentro e fora de campo.

O Bernô perdeu recentemente Lucas Andrino, executivo de futebol, e o técnico Márcio Zanardi. Ambos aceitaram convite para trabalhar no Goiás. A dupla foi responsável pelo sucesso recente do clube, que foi duas vezes semifinalista do Paulistão e conquistou o acesso à terceira divisão nacional.

Ricardo Catalá assumiu o clube com a missão de buscar o acesso à Série B. Para isso, vai contar com um elenco que manteve as principais peças que disputaram o Paulistão e a Copa do Brasil.

*Análise com contribuição de Diego Ribeiro, do ge São Paulo.

Eliminado nas quartas de finais do Gauchão, o São José chega ao Brasileiro com poucas mudanças em relação ao elenco. Após a participação no estadual, o clube de Porto Alegre acertou a chegada de seis jogadores. Entre eles estão jogadores com boa participação no certame regional. São os casos, por exemplo, do meia Diego Sodré e o centroavante Gabriel Morbeck, que estavam no São Luiz.

No atual elenco do Zequinha destaque para o Fábio Rampi. Além de ser uma liderança, o goleiro se notabiliza por ser um dos artilheiros do time. Responsável pelas cobranças de pênaltis, ele já anotou em duas oportunidades. Outra referência é o jovem atacante Renê. O atleta, de 20 anos, marcou quatro gols no estadual e desbancou nomes mais experientes como Roberson, assumindo a titularidade.

*Análise com contribuição de Roberto Peruzzo, do ge Rio Grande do Sul.

Apesar do rebaixamento na Série B do Brasileirão em 2023, o Gavião Carcará deu uma resposta rápida para o torcedor alvirrubro. Sob comando do técnico Raul Cabral, o time chegou às semifinais do Campeonato Mineiro e conquistou o título do Mineiro do Interior pela quarta vez (2014, 2020, 2021 e 2024). A boa campanha garantiu o Gavião Carcará na Copa do Brasil em 2025.

*Análise com contribuição de Bruno Ribeiro, da TV Integração.

O Voltaço não faz uma boa temporada e deve mudar a postura se quiser se tornar um candidato ao acesso. O clube terminou o Campeonato Carioca apenas na 10ª posição – o campeonato tem 12 participantes. Na Copa do Brasil, foi eliminado na primeira fase para o Athletic-MG.

O Volta Redonda começou o ano com Felipe, ex-jogador e ídolo do Vasco, no comando, mas o demitiu após maus resultados no estadual. A diretoria apostou, então, em Rogério Corrêa, nome aprovado pela torcida pelo bom trabalho do técnico à frente da equipe em 2023. O retorno, até aqui, ainda não empolgou. A eliminação na Copa do Brasil foi sob seu comando.

*Análise com contribuição de Nathan Alves, da TV Rio Sul.

Depois de lutar contra o rebaixamento no Gauchão, o Ypiranga trouxe cinco reforços para a Série C. No entanto, a lista deve aumentar para ao menos oito. A tendência é que um bom número desses jogadores já seja titular na estreia da competição nacional.

O técnico Tiago Carvalho, que chegou no meio do estadual, segue no comando da equipe e conta com o lateral Gedeílson e o atacante João Victor, como os maiores destaques no time.

*Análise com contribuição de Roberto Peruzzo, do ge Rio Grande do Sul.