Governadores que participaram da reunião virtual com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) consideraram “importante” um momento de paz com o governo federal, mas reclamaram da falta de clareza sobre quando os recursos da ajuda financeira chegarão a estados e municípios. Os presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Davi Alcolumbre (DEM-AP), também participaram do encontro e também não apontaram data. São R$ 60 bilhões que fazem toda diferença, em meio à pandemia.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), avaliou que a conversa foi positiva, porque “ajuda a distensionar uma relação federativa que vinha se estressando. No entanto, ainda falta clareza de quando haverá efetivamente a sanção e, o mais importante, quando efetivamente serão repassados os recursos”.
Após dois meses de pandemia, uma videoconferência de uma hora, com discursos propositivos e nenhum xingamento reduz o termômetro da crise. “Foi uma reunião boa, pacífica, importante”, afirmou o governador do Pará, Hélder Barbalho (MDB).
Para o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), a imagem de união esconde dúvidas. Para ele, a reunião foi “negativa por não ter informação relevante alguma. Ninguém sabe o que será vetado. Quando será sancionado”.
Dino também criticou os vetos, não detalhados, mas que o governo federal irá fazer no texto. “Cada ente federado tem autonomia para dispor sobre os seus servidores nas suas Assembleias e Câmaras municipais.”
“Pode ser questionado no Supremo por entidades de servidores ou partidos políticos”, disse à CNN.
Por CNN