Essa semana tivemos a primeira cassação de diploma de um prefeito e um vereador eleitos este ano Paraíba. Eles são acusados em uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) de compra de votos na cidade de Pedra Branca, no Sertão.
O prefeito eleito Bastinho (MDB) e o vereador Geudo (PL) serão diplomados e irão tomar posse normalmente, mas terão que convencer o Judiciário Eleitoral a derrubar a cassação.
Conforme a ação, os dois teriam entregue R$ 2 mil a moradores do município dias antes da eleição.
Mas o caso de Pedra Branca não é o único. Dados do TSE mostram que as eleições deste ano deixaram pelo menos 5 processos tramitando na Justiça e que tratam de compra de votos.
Há também 147 AIJEs oriundas do processo eleitoral deste ano, 35 processos apurando candidaturas laranjas e 101 tendo como alvo a prática de abusos (econômico ou político).
E as ações não estão em curso somente em pequenos municípios. Nas grandes cidades do Estado também há ‘terceiro turno’.
Em João Pessoa uma AIJE proposta pelo ex-candidato Marcelo Queiroga (PL) propõe a cassação do prefeito reeleito Cícero Lucena (PP). Em Campina Jhony Bezerra (PSB) também questiona, em duas ações, a reeleição do prefeito Bruno Cunha Lima (UB).
Cabedelo e Santa Rita da mesma forma. Processos ainda poderão, ou não, mudar o rumo do que foi estabelecido pelas urnas em outubro, em peças que narram práticas que, caso comprovadas, ferem de morte a democracia e o respeito à cidadania dos paraibanos.