Em uma entrevista recente ao programa Na Hora H, da TV Manaíra, o senador Efraim Filho trouxe reflexões incisivas sobre o cenário político paraibano, destacando a possibilidade de uma ampla renovação no comando do Estado. Após 16 anos sob o controle do mesmo grupo político, que se fragmentou em 2019 após a Operação Calvário, Efraim vê na sucessão estadual uma oportunidade para alternância e para a emergência de novas lideranças.
O senador, conhecido por sua habilidade estratégica, usou a entrevista para enviar mensagens claras a aliados potenciais e fortalecer sua posição no tabuleiro político. Um dos principais destinatários foi Hugo Motta, líder do Republicanos, partido que tem ampliado sua influência na região. Efraim também sinalizou abertura para dialogar com o Progressistas (PP), liderado pelo clã Ribeiro, em um possível cenário de desalinhamento com o governador João Azevedo (PSB).
O senador aposta em dois pilares centrais para pavimentar seu caminho: a exploração das fissuras internas no grupo governista e a articulação de uma oposição coesa e eficiente. A experiência adquirida em sua eleição ao Senado, onde consolidou alianças importantes, reforça sua confiança na capacidade de atrair apoios dissidentes e liderar um projeto competitivo.
Na entrevista, Efraim utilizou uma linguagem pragmática e direta, destacando o “cansaço” da população com o modelo atual de gestão e a “avenida aberta” para novos atores políticos. Além disso, deixou clara sua intenção de dialogar com diferentes grupos, reforçando sua imagem de conciliador e articulador político.
O cenário descrito por Efraim também reflete as complexidades da política estadual, marcada por alianças voláteis e movimentos inesperados. A possibilidade de um racha no Palácio da Redenção, sede do governo estadual, poderia ser um fator decisivo para reconfigurar o mapa de apoios e redefinir o protagonismo político na Paraíba.
Se as expectativas de Efraim se confirmarem, a sucessão estadual de 2026 promete ser uma disputa marcada por tensões, alianças inusitadas e, possivelmente, a quebra de um longo ciclo de continuidade política. A postura do senador demonstra que ele está preparado para atuar como um dos principais atores desse processo, seja na liderança da oposição, seja como ponte para novos arranjos políticos no Estado.
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