A Câmara bateu o martelo no que o Senado havia sentenciado: as eleições de 2020 serão adiadas para 15 de novembro.
O encaminhamento atendeu às recomendações de especialistas e do Tribunal Superior Eleitoral, embora não exista nenhum prognóstico definitivo para garantir que um mês a mais ou um mês a menos seja o suficiente para oferecer segurança sanitária.
Mas, prevaleceu o velho ditado: na dúvida, o parlamento não quis ultrapassar.
A quem, no jogo bruto da política, o adiamento beneficia em tempos pandêmicos?
Depende.
Para um candidato governista perigando perder, a elasticidade de 40 dias é um suplício. Tempo suficiente para o adversário em ritmo de crescimento acelerar e passar.
Dispensa dizer que para o perfil desse último o elastecimento só ajuda a comunicar melhor, a desgastar o concorrente e a consolidar um avanço.
A prorrogação dá uma mãozinha para aquele tipo de postulante que tem boas ideias, bom programa de governo, mas ainda é desconhecido do distinto público.
E é um veneno para quem tem dificuldades de manter-se à frente dos adversários e quem já atingiu seu teto de intenção de voto.
Dependendo da situação, a decisão desta quarta pode ser oxigênio ou asfixia.
Por Heron Cid