Governador do Piauí é alvo de operação da Polícia Federal contra desvios da Fundeb

Segundo a PF, servidores públicos e empresários teriam se associado para superfaturar contratos de transporte escolar.

As buscas da PF aconteceram na manhã desta segunda-feira (27), e fazem parte da terceira fase da Operação Topique, investigação iniciada ainda em 2018. (Foto: Reprodução)

A Polícia Federal realizou buscas na casa do governador Wellington Dias (PT), no gabinete da primeira-dama Rejane Dias (PT), em Brasília, em empresas e na casa do irmão da deputada, e na sede da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), em Teresina, para investigar a suspeita de um esquema criminoso para fraudar licitações de transporte escolar.

Segundo a PF, servidores públicos e empresários teriam se associado para superfaturar contratos de transporte escolar. A Polícia Federal não esclareceu quais as suspeitas que recaem sobre o governador ou sobre os irmãos de Rejane Dias.

Em nota, a Seduc declarou que está colaborando com as investigações. O G1 entrou em contato com o governador Wellington Dias, que ainda não se pronunciou. Em nota, a deputada Rejane Dias informou que “recebe tranquilidade os desdobramentos da referida Operação” e que está à disposição para esclarecer o caso.

As buscas da PF aconteceram na manhã desta segunda-feira (27), e fazem parte da terceira fase da Operação Topique, investigação iniciada ainda em 2018. Os mandados foram cumpridos em endereços em Teresina e em Brasília. No gabinete da deputada, o mandado de busca foi cumprido após autorização da ministra do Supremo Tribunal Federal, Rosa Weber.

Operação teve início em 2018

Segundo a Policia Federal, o governo do estado continuou contratando as empresas suspeitas, mesmo depois das fases anteriores da investigação. A primeira fase da Operação Topique cumpriu mandados na sede da Seduc e em outros 39 locais. Na segunda fase, batizada Operação Satélite, os policiais federais fizeram buscas no Palácio de Karnak, sede do governo estadual, e novamente na Seduc.

De acordo com a PF, entre os anos de 2015 e 2016, servidores da cúpula administrativa da Seduc teriam se associado a empresários do setor de locação de veículos e desviado, no mínimo, R$ 50 milhões de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica – Fundeb – e do Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar – PNATE.

O dinheiro teria sido desviado através de pagamentos superfaturados em contratos de transporte escolar. O resultado prático, que chegava até os estudantes, era um transporte escolar sem qualidade e segurança.

Leia abaixo a nota da Seduc:

A Secretaria de Estado da Educação do Piauí (Seduc) informa que está colaborando plenamente com a investigação em curso da Polícia Federal e sempre se colocou à total disposição dos órgãos de controle para esclarecer quaisquer questionamentos, visando a transparência e o correto funcionamento da administração pública.

Leia abaixo a nota da deputada federal Rejane Dias:

NOTA

A deputada federal Rejane Dias recebe com tranquilidade os desdobramentos da referida Operação, e afirma que, como desde o início, permanece à disposição para esclarecimentos a todas essas alegações.

Durante seu exercício à frente da Secretaria de Educação, a parlamentar sempre se portou em observância às Leis, tendo em vista a melhoria dos índices educacionais e a ampliação do acesso à educação dos piauienses.

Por G1

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *