Líder do Democratas na Câmara, Efraim Filho (PB) considera que já existe um consenso de que é preciso mudar o sistema tributário. “Permanecer na zona de conforto é realmente a pior opção, dizer ‘não quero mudança’. Mas se a gente está no pior modelo do mundo, não tem por que permanecer como estamos e evitar ir adiante, mesmo que seja algo novo”, afirmou.
Em debate sobre a proposta de reforma tributária organizado pela União Nacional de Entidades e Serviços (Unecs), ele ressaltou a importância de um período de transição entre o modelo atual e o que está por vir. “Não é num estalar de dedos que estaremos em um novo modelo”, disse.
Representantes do setor de serviços estimam que a reforma tributária em discussão na Câmara dos Deputados, a PEC 45/19, terá um impacto nos preços do setor de serviços de 8%.
A proposta da reforma tributária cria o Imposto sobre Bens e Serviços, unificando três tributos federais (PIS, Cofins e IPI) com o ICMS e o ISS. Já o governo apresentou o Projeto de Lei 3887/20 que cria primeiro uma Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) apenas com os tributos federais, PIS e Cofins. Em qualquer cenário, porém, a tributação sobre parte do setor de serviços deve aumentar.
Por Anderson Soares / Blog do Anderson Soares