Era uma terça feira, dia 19 de novembro de 2019, quando Lucinha Peixoto, dirigiu-se à tribuna da casa de Juvenal Lúcio de Sousa, para fazer uso da palavra pelo tempo regimental de 10 minutos.
Naquele dia, a vereadora do PCdoB não falou de projetos e/ou propostas. O seu discurso foi para desqualificar o prefeito interino Ivanes Lacerda, à época no MDB. Dentre os adjetivos depreciativos desferidos pela parlamentar: falso, moleque, mentiroso, canalha, covarde e criminoso foram os mais aviltosos.
Hoje (27/08), Lucinha figura ao lado do “desmoralizado” Dr. Ivanes numa composição de chapa, arquitetada pelo deputado Nabor Wanderley (Republicanos), na condição de pré-candidata a vice-prefeita, cujo anúncio foi feito através de uma Live transmitida da granja dos Mota.
Já se passaram 09 (nove) meses daquele episódio que chocou a todos, haja vista a repercussão do incidente em portais e redes sociais; mas, mesmo assim, ainda lembro a frase mais emblemática: “Você nunca teve amor por Patos, está na política por status (…) ao descobrir a sua personalidade, eles vão saber quem é Ivanes”.
Pois é. Dr. Ivanes, que Nabor disse ser “sincero” e “honesto”, foi escolhido “para guiar os destinos de Patos” nas eleições municipais, deste ano, como pré-candidato a reeleição, inclusive, sendo comparando a Rivaldo Medeiros, ex-prefeito já falecido e que teve uma postura de gestor trabalhador, pelo deputado republicano.
Esse é o mesmo Nabor que foi denunciado ao Ministério Público Federal (MPF), pelo então vereador Ivanes Lacerda, pedindo a devolução de R$ 10.590.132,55, além de prisão, perda de mandato, cargo público e emprego, conforme previsão do código penal?
E esse é o mesmo Ivanes que disse que as oscips: Cegepo e Interset, foram contratadas pelo ex-prefeito Nabor, entre 2005 e 2008, sem os devidos trâmites legais de respeito à lei de licitações e causaram prejuízos ao erário?
Lamento ainda haver políticos que insistem em escrever a sua própria história usando sempre o mesmo lápis de giz. Talvez seja por isso que nunca encontramos respostas.
Por Misael Nóbrega de Sousa