Por Heron Cid, OPINIÃO: João e um F5 no governo

Se algum paraibano tivesse ficado em coma nos últimos dozes meses, ao voltar a si hoje e olhar a fotografia do atual secretariado, além do susto, chegaria à conclusão de que está diante de um novo governo e não mais aquele que tomou posse com o governador João Azevêdo em janeiro de 2019.

De todas as pastas diretas, só não houve mudança de titular em Administração Penitenciária, Agricultura Familiar, Agricultura e Agropecuária, Chefia de Gabinete, Cultura, Articulação Municipal, Recursos Hídricos, Turismo e Desenvolvimento Econômico, Receita, Segurança, Representação em Brasília.

Em doze meses, pelo menos onze secretarias trocaram de comando. A fisionomia dos ocupantes de cargos de alto escalão da gestão foi alterada em mais de 50%, um percentual extremamente considerável para o período. Isso sem falar em PBprev, PBgás, Iphaep, Jornal A União, Tabajara e subsecretarias…

Até o governador João Azevêdo mudou. Mudou do PSB pelo qual foi eleito já no primeiro turno em 2018. A crise interna no Jardim Girassol tornou insuportável a divisão do mesmo ar entre ele e o ex-governador Ricardo Coutinho.

A nova configuração, ratificada na solenidade de avaliação do primeiro ano de governo, é matéria de um fórmula pública de desvinculação da atual administração do DNA da gestão anterior, alvo de denúncias na Justiça por desvios em contratos na saúde e educação.

Esse esforço – esperado pela opinião pública e aguardado por aliados políticos – ficou indelevelmente simbolizado na troca do slogan oficial e institucional.

De “Segue o Trabalho”, uma frase de total continuidade, para “Somos Todos Paraíba”, uma conclamação conceitual mais aberta e exortadora de unidade e identidade com o Estado, acima de facções políticas ou ideológicas.

João apertou a tecla F5 no HD do governo.

Em um ano de gestão, governo João Azevêdo ganha outras faces e muda fisionomia do secretariado

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