A terceira via em Patos. Por Genival Junior

Há muito tempo, ouvimos as pessoas discutirem a tão chamada terceira via, como forma de buscar uma alternativa para por um fim a alternância de poder das famílias Mota, Medeiros e Wanderley, que governam Patos desde 1976, quando ocorrera a eleição de Edmilson Mota.

Nesses 44 anos, os grupos tradicionais sempre dominaram o cenário político de Patos, com várias tentativas feitas por candidaturas alternativas, sem conseguir lograr êxito nas urnas.

Por mais de quatro décadas, o domínio das famílias Medeiros, Wanderley e Mota também passou pelos comandos de Rivaldo e Geralda Medeiros, em 1982 e 1988, Ivânio Ramalho, que apesar de ser natural de Ibiara-PB, recebeu o apoio político do grupo Mota no pleito de 1992, ano da morte de Edvaldo Mota, e foi seguido por Dinaldo em 1996 e 2000, Nabor em 2004 e 2008, Francisca Mota em 2012 e Dinaldinho em 2016.

Em todo esse tempo, os nomes de Adão Eulâmpio, (1982), Virgílio Trindade e professora Geralda Medeiros, (1988), Múcio Sátiro e Aderban Martins, (1992), Padre Jair (1996), Vital Henrique, (2000), Socorro Marques (2008), Silvano Morais, (2012) e Lenildo Morais, (2016), surgiram com a possibilidade de ser a terceira opção para administrar a cidade, mas esbarraram no cenário de polarização e domínio dos grupos dominantes, que sempre tiveram a aceitação do eleitorado.

Com a aproximacão das eleições municipais de 2020, a tão chamada terceira via voltou a ser cogitada no atual cenário político local, que vê nas famílias dominantes em uma condição e conceito diferentes do que já foi em outros pleitos.

A morte de Dinaldo e o enfraquecimento de Dinaldinho, fez o núcleo Medeiros e Wanderley fugir do seu protagonismo de outrora, enquanto a indicação de Ivanes por parte do grupo Mota, tornou o atual prefeito dependente da força política dos deputados Nabor Wanderley e Hugo Mota, para impedir que a sequência de governos dos grupos tradicionais venha a ser interrompida.

Ter três candidatos competitivos em Patos é algo que ainda é difícil de acontecer, pois a cada eleição a manifestação popular do eleitorado caminha em duas direções, mas a possibilidade de eleição de um nome de fora dos grupos tradicionais, nunca esteve tão evidente como em 2020, embora o jogo esteja apenas para começar. No mais, é esperar para ver.

Por Genival Junior – Patosonline.com

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *