Presidente da Comissão de Arbitragem da Paraíba tem viajado com o Galo da Borborema a pedido do clube paraibano. Arthur fará relatório para a FPF sobre a atuação dos árbitros
A arbitragem foi, infelizmente, a grande protagonista da partida que encerrou a 6ª rodada da Série C do Campeonato Brasileiro, entre Manaus e Treze, na Arena Amazônia. Após o árbitro auxiliar Luiz Alberto Andrini Nogueira levantar a bandeira em um gol legal do time da casa, a confusão foi instalada no gramado. Reclamações exaltadas do time trezeano, pressão no trio de arbitragem e a presença da Polícia Militar no campo. Quando a situação já estava mais calma, a PM tentou afastar os atletas do Galo e a violência começou. Erros de ambas as partes, segundo Arthur Alves, presidente da Comissão Estadual de Árbitros de Futebol da Paraíba (Ceaf-PB), que esteve acompanhando a delegação do Treze e criticou a atuação da arbitragem no empate em 1 a 1.
O Treze vem reclamando das atuações dos árbitros desde a primeira rodada. Tanto que solicitou a presença de Arthur nas partidas. O dirigente da Federação Paraibana de Futebol (FPF) tem analisado a arbitragem dos jogos do Galo da Borborema in locu.
O lance mais confuso da partida foi justamente no gol do Manaus, que, para Arthur, foi legal. A questão é que o auxiliar Luiz Alberto Andrini Nogueira levantou a bandeira, e, após o gol, o time trezeano foi cobrar a anulação do gol de empate. Arthur explica o que ele entendeu do lance.
– O gol foi legal. Não houve falta, não houve impedimento. Falaram que poderia ter havido reversão, mas não foi isso que eu vi o árbitro assinalar. Ele teve uma leitura errada do lance. Achou que o lance foi o que chamamos de gol ajustado, quando se fica na dúvida se a bola entra ou não. Quando a bola foi entrando, ele levantou justamente para assinalar que, se o juiz tivesse dúvida, ele viu o que a bola entrou. Mas o lance do gol não foi ajustado. Ele se precipitou – comentou.
Numa análise mais macro, Arthur entende que a arbitragem não teve uma boa atuação e relembrou alguns lances que prejudicou o Treze. Segundo o dirigente da FPF, houve um pênalti claro a favor do Treze não marcado e faltou critério ao juiz central para coibir simulações de faltas do time manauara.
– Teve um pênalti para o Treze muito claro. O zagueiro do Manaus atropelou o jogador do Treze (Nilson Júnior) em uma cobrança de escanteio. Também faltou ele ter dado cartões para algumas simulações dos atletas do Manaus – comentou.
O dirigente elogiou o trio de arbitragem, analisando que tem qualidade, mas criticou a atuação da equipe nesta partida do Treze. A diretoria do Galo, por sinal, está no aguardo do relatório de Arthur para poder fazer uma reclamação oficial na CBF contra a equipe de arbitragem.
– Eu estou terminando um relatório. Tenho tudo, lance a lance. A presidente Michelle deixou claro que eu estarei à disposição dos clubes que estão disputando o Brasileiro para eu acompanhar as partidas. Foi uma atuação ruim da arbitragem. O Treze não reclamou só por aquele lance, tem todo o contexto do jogo. Mas também acho que tanto os atletas quanto a Polícia Militar erraram. Todos erraram – comentou.
Com mais um empate e um gol sofrido nos minutos finais, o Treze segue na zona de rebaixamento, ocupando a vice-lanterna, a nona posição do Grupo A, com dois pontos. O Galo agora encara a Jacuipense no sábado, às 17h, no Estádio Amigão.
Por Pedro Alves