O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, afirmou que pediu à Polícia Federal a abertura de inquérito para apurar o ataque cibernético aos sistemas da Justiça Eleitoral nesse domingo (15), dia do primeiro turno das eleições municipais.
O ataque, denominado “negação de serviço com milhares de tentativas de acesso simultâneas”, consistiu de 436 mil conexões por segundo na manhã deste domingo a fim de tentar derrubar o sistema do Tribunal Superior Eleitoral.
De acordo com o ministro, os disparos massivos foram provenientes de Brasil, Estados Unidos e Nova Zelândia.
“O ataque não conseguiu ultrapassar as barreiras e foi devidamente repelido pelos nossos mecanismos de segurança”, afirmou Barroso.
Além do ataque cibernético, o ministro pediu também à PF a investigação do vazamento de dados antigos, de mais de dez anos, de ex-ministros e ex-funcionários do tribunal.
Segundo ele, esse vazamento se deu em “data pretérita”, ainda não identificada, mas foi divulgado neste domingo como forma de desacreditar o sistema de informática do tribunal.
“Assim que eles foram vazados, milícias digitais entraram imediatamente em ação tentando desacreditar o sistema. Há suspeita de articulação de grupos extremistas, que se empenham em desacreditar as instituições, clamam pela volta da ditadura. E muitos deles são investigados pelo Supremo Tribunal Federal”, declarou.
Barroso disse que conversou sobre o inquérito na manhã desta segunda-feira com o diretor-geral da Polícia Federal, delegado Rolando Alexandre de Souza. “Pedi a ele a investigação que se justifica nesse caso, uma investigação séria e ampla”, afirmou.
Por G1