Desde a suspensão dos estaduais em todo o País, após a chegada da pandemia do novo coronavírus, que se discute o calendário do futebol brasileiro, planejando-se quase diariamente até então para encaixar todas as competições com um possível mês de retorno. Assim foi em abril e está sendo em maio.
E depois de pouco mais de dois meses e 15 dias, com a possibilidade de volta gradual das atividades econômicas no Ceará, em junho, o cenário é mais uma vez reavaliado. No Estado, o governador Camilo Santana irá se pronunciar hoje sobre a renovação do isolamento social, mas também serão informadas as diretrizes de uma retomada gradual das atividades.
Praticamente todas as federações estaduais trabalham com um retorno aos treinos no dia 15 de junho e após um mês de intertemporada, o retorno dos certames locais, visando acelerar o início do Campeonato Brasileiro. E para o Campeonato Cearense, o cenário cairia como uma “luva”, pelo número de datas necessárias, com o Estadual finalizado em apenas um mês.
O que falta
Para encerrar o Campeonato Cearense, faltam 11 jogos, mas seriam necessárias apenas cinco datas. São duas para as últimas rodadas da 2ª fase (englobando sete partidas, já que uma já foi disputada, entre Ferroviário e Pacajus), uma data para as semifinais, que serão em jogo único, e duas datas para a final, com jogos de ida e volta.
Ou seja, o Campeonato Cearense necessita apenas de cinco datas para ser definido. Assim, se os treinos voltarem em junho e o campeonato em julho, como é desejo dos clubes, o Cearense pode ter 2ª fase, semifinais e as duas partidas finais entre o início e o fim do mês, “liberando” o início do Brasileiro para agosto.
O presidente da Federação Cearense de Futebol, Mauro Carmélio, afirmou que não tem estipulado datas para o fim do Estadual, preferindo esperar um cenário propício para um retorno.
“Não estou pensando muito na situação de jogo. Quando houver um cenário propício para terminar o Estadual, em menos de um mês o campeonato acaba. Aí se pensa no Brasileiro. Mas não marquei nenhuma data. Quero ver o cenário, não podemos brincar com vidas”, disse ele. Em seguida, Mauro afirmou que está mais preocupado com as fases que os clubes terão que superar até chegarem aos jogos: os protocolos de saúde e treinamentos.
“O jogo de futebol é a parte menos complicada. Até chegar lá, temos muito a fazer, que é o protocolo de saúde para os treinos dos oito clubes. Ceará e Fortaleza já têm os protocolos deles. Estamos orientando os outros demais. O protocolo para a retomada do futebol, já apresentamos ao Governo, está pronto e será aplicado quando liberados. Temos conversado diariamente com os clubes, para orientação para os testes”, disse ele.Quando os jogos retornarem, a Arena Castelão será um grande aliado, concentrando o maior número de jogos, como indica Carmélio. “O Castelão será prioridade para os jogos. Oito devem ser lá”.
Foto: CAMILA LIMA
PB Esportes com informações de Vladimir Marques\ Diário do Nordeste