Chico César canta em live dia 30 de Junho em apoio a Casa do Béradêro

Nesta terça-feira (30), o cantor paraibano Chico César, em seu perfil no Instagram, a partir das 21h promove um show on-line, ou seja, uma live em apoio a Casa do Béradêro.

O Instituto Cultural Casa do Béradêro, sediado em Catolé do Rocha, Sertão da Paraíba, é uma associação não governamental sem fins lucrativos, de Utilidade Pública Municipal e Estadual, criada no ano de 2001 pelo cantor e compositor Chico César e sua primeira professora de música, a Irmã Iracy Barboza de Almeida.

Atendendo às zonas urbana e rural, o instituto prioriza o acesso de participantes com idades entre 06 e 21 anos, em situação de vulnerabilidade socioeconômica.

Com resultados comprovadamente eficazes, o Béradêro tem promovido a democratização do acesso à cultura, à educação complementar , à qualificação profissional e ao desenvolvimento da cidadania de centenas de crianças, adolescentes e jovens paraibanos, tornando-os protagonistas sociais, empoderando-os como indivíduos e cidadãos conscientes e capazes de transformar a sociedade.

Chico César é Compositor, escritor e cantor, Chico César é autor de muitos sucessos consagrados pelo público, como Mama África e À primeira vista. Várias composições suas foram gravadas por grandes intérpretes como Maria Bethânia, Gal Costa e Zeca Baleiro. Com nove álbuns lançados, seu disco mais recente, O amor é um ato revolucionário (2019), celebra a linha principal de seus trabalhos: o amor e o afeto por meio da poesia – ao mesmo tempo em que levanta a bandeira da luta pela liberdade em faixas como Eu quero quebrar e Pedrada.

Em um de seus últimos trabalhos antes da pandemia, Chico compôs 32 músicas para o musical A hora da estrela ou O canto de Macabéa, adaptação do livro de Clarice Lispector A hora da estrela, perto do centenário de aniversário da escritora. Porém, por conta das medidas de distanciamento social adotadas após a disseminação da Covid-19, o espetáculo foi paralisado. “Eu tentei buscar música naquele texto árido. Eu comparo o texto de Clarice, a estrutura dela em prosa, com a aridez do texto poético de João Cabral (de Melo Neto). Às vezes, parece que não tem música, mas esse é o desafio. Tem uma música ali. Então eu basicamente musiquei o texto dela.”

“Nós temos tantas perguntas, ou temos até muitas mais do que os outros”, responde Chico ao ser questionado sobre a importância do trabalho dos artistas em momentos de dificuldade, como a atual pandemia. “Nós somos trabalhadores, como são os outros; no caso, trabalhadores do intelecto, da sensibilidade. Mas não é nada mais que isso. Estamos passando pelas mesmas dificuldades, não temos respostas”, reflete.

Aos 56 anos e um quarto de século depois do lançamento de seu primeiro álbum, sua música continua reverberando as notas mais tropicalistas da música popular brasileira. “Provavelmente, nós do setor cultural seremos os últimos a voltar. O importante agora é que todo mundo permaneça em casa. A função do músico é estar vivo, fazer sua música, criar, tentar sobreviver, atravessar esse túnel junto com a sociedade, eu creio que é isso”, declara Chico.

Da Redação com informações de Roberta Requia / Jornal do Comércio

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