Clubes cobram repasses de programas do Governo do Estado da Paraíba que estariam atrasados e indicam que sem esses recursos não conseguem arcar com as despesas da competição
A reunião que deveria ser para discutir a fórmula de disputa e as datas do Campeonato Paraibano de 2021 acabou tendo um desfecho bastante diferente. Na tarde desta segunda-feira, na sede da Federação Paraibana de Futebol (FPF), os clubes que têm participação garantida na competição estadual do próximo ano acabaram decidindo por cancelar o campeonato, alegando problemas financeiros para que fossem arcados os custos para participação na competição.
A decisão foi assinada por representantes de sete dos oito clubes que teriam participação no Campeonato Paraibano de 2021. Dirigentes de Atlético-PB, Campinense, Nacional de Patos, Perilima, São Paulo Crystal, Sousa e Treze apoiaram a não realização do estadual. A exceção foi o Botafogo-PB, que até enviou representantes à reunião, mas de maneira extraoficial, apenas como ouvintes. A principal reclamação dos dirigentes é com relação ao pagamento de valores que estariam em atraso referentes ao antigo programa Gol de Placa e também o Programa de Incentivo ao Esporte, lançado em janeiro deste ano.
CORREÇÃO: Foi dito inicialmente nesta matéria que a participação do Botafogo-PB na reunião aconteceu de forma virtual, mas, na verdade, Alcedo Gomes e Francisco Salles estiveram na sede da FPF, presencialmente, em nome do clube, mas apenas como ouvintes.
Na ata da reunião, inclusive, consta um pedido que os dirigentes fizeram à presidente da FPF, Michelle Ramalho, no sentido de que ela intermediasse um contato com representantes do Governo do Estado para tentar buscar uma solução para o caso. Como não foi apresentada nenhuma perspectiva de pagamento, pelo menos no que consta na ata da reunião, a decisão final foi no sentido de que não haverá Campeonato Paraibano da 1ª divisão no próximo ano.
Através de nota, o Governo do Estado, via Secretaria da Fazenda, informou que os clubes paraibanos realizaram acordo de leniência para quitação de pendências com o Estado e por isso, enquanto esses valores não forem quitados, não há como realizar repasse algum de recursos públicos para as agremiações. Vale lembrar que os repasses do antigo Gol de Placa foram suspensos ainda em 2019 após denúncias de fraude por parte dos clubes na troca dos cupons fiscais que davam direito aos ingressos e posteriormente a liberação dos recursos para as agremiações.
Por redação do ge