O Diretório Estadual do MDB se manifestou negou, por meio de nota, nesta quarta-feira (7), a informação veiculada em trecho da delação premiada da ex-secretária de Estado da Administração, Livânia Farias, no âmbito da Operação Calvário. De acordo com o partido, “em momento algum, exarou decisão de apoio ao candidato a governador Ricardo Coutinho, no primeiro turno das eleições de 2014, muito menos, indicou candidato à vice-governador, do MDB, para chapa do PSB”.
“No segundo turno, por uma recomendação do MDB NACIONAL, que tinha Michel Temer, presidente do MDB Nacional, como candidato a vice-presidente da República, orientou que o MDB da Paraíba, desse apoio ao candidato do PSB da Paraíba, sem participar da chapa que concorrera ao primeiro turno, bem como, sem qualquer compensação financeira ou participação no futuro governo”, diz o complemento da nota.
ENTENDA
A ex-secretária de Estado da Administração, Livânia Farias, em delação premiada no âmbito da Operação Calvário, afirmou que vários filiados do MDB, incluindo deputados estaduais com mandato, participaram de reunião com o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) e militantes do PSB, na Granja Santana, em 2014, para tratar sobre possível apoio e indicação de candidato a vice-governador pelo partido, nas vésperas do início do processo eleitoral daquele ano.
Ainda segundo a ex-secretária, as lideranças do MDB teriam solicitado o repasse de R$ 8 milhões para concretizar o acordo político, o que não foi consolidado, pois, Ricardo Coutinho acabou escolhendo Lígia Feliciano (PDT) como companheira de chapa. O então senador Vital do Rêgo foi o candidato do MDB ao Governo do Estad0.
Confira a nota:
O QUE DIZEM OS CITADOS
Em resposta, o deputado Raniery Paulino repudiou a citação de seu nome e disse que a ex-secretária Livânia Farias “fantasiou” a sua presença na suposta reunião. “A ex-secretária mente ao citar meu nome! Não conheço Livânia Farias, nunca estive na Granja durante a gestão de Ricardo Coutinho e nunca, em hipóstase alguma, tratei de apoio do PMDB ao PSB, pois como a Paraíba sabe, e a Imprensa noticiou, sempre defendi candidatura própria do meu partido naquela eleição”, afirma.
O atual vice-prefeito de João Pessoa, Manoel Júnior (Solidariedade), que na época era do MDB, afirmou que estranhou a citação do seu nome na delação, pois, sequer conhece Livânia Farias. Ele negou participação em qualquer negociação de apoio a Ricardo e disse que fazia oposição ao então governador e que declarou apoio a Cássio Cunha Lima antes da eleição.
O deputado Trócolli Júnior, que também na época era do MDB, informou que era líder da oposição ao governador Ricardo Coutinho, em 2014 e que não autorizou ninguém a agir em seu nome na suposta reunião. Trócolli também disse que votou em Vitalzinho no primeiro turno e em Cássio no segundo.
Por WSCOM