Estudante da PB investigado pelo FBI e Polícia Federal planejava ataques em prédios públicos. Entenda o caso!

Um estudante de Biologia de 19 anos, alvo de um mandado de busca e apreensão na Operação Leviatã, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta sexta-feira (11), tinha contatos com grupos extremistas do exterior e planejava ataques em prédios públicos.

De acordo com a PF, o jovem usava as redes sociais para proferir discursos de ódio contra raças e etnias específicas e pretendia ataques contra elas. Ele estava sendo investigado desde o ano passado pelo FBI e pela PF desde janeiro deste ano.

Algumas imagens divulgadas mostram pichações feitas pelo estudante no campus da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) dizendo “negros queimem” e “nós vamos a caça”, acompanhadas de suásticas, símbolos do nazismo.

Ainda de acordo com a Polícia Federal, o estudante será ouvido e posteriormente denunciado.

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira (11) a “Operação Leviatã”, com o objetivo de reprimir atos preparatórios de terrorismo e incitação ao ódio praticados no ambiente digital. Um dos alvos da ação foi um estudante de Biologia, de 19 anos, matriculado na Universidade Estadual da Paraíba, que, segundo as investigações, mantinha contatos com grupos extremistas do exterior e planejava ataques contra prédios públicos.

O mandado de busca e apreensão, expedido pelo Juiz de Garantias da 16ª Vara Federal da Seção Judiciária da Paraíba, foi cumprido na cidade de Pocinhos, no Agreste paraibano, onde o jovem reside. Na residência do investigado, os agentes apreenderam celulares, mídias e outros dispositivos de armazenamento, que serão analisados para aprofundar as investigações. A PF afirma que o estudante será ouvido nos próximos dias e poderá ser denunciado formalmente por crimes relacionados ao terrorismo e incitação ao ódio racial e étnico.

De acordo com a Polícia Federal, o jovem utilizava as redes sociais para disseminar discursos de ódio, com conteúdo explícito de motivação racista e ideológica. As autoridades também confirmaram que o estudante estava sendo monitorado desde o ano passado por órgãos internacionais, incluindo o FBI, e passou a ser investigado pela PF em janeiro deste ano.

Um dos pontos investigados foi a descoberta de pichações feitas pelo estudante no Campus I da UEPB, em Campina Grande. Frases como “negros queimem” e “nós vamos à caça”, além de suásticas, símbolos do nazismo, foram encontradas em áreas comuns da universidade. As imagens circularam nas redes sociais e geraram revolta entre alunos, professores e a comunidade em geral.

As roupas, que, inclusive, aparecem em um vídeo que ele mesmo fez e publicou nas redes sociais, colando cartazes de cunho preconceituoso em áreas de circulação de estudantes da universidade, também foram apreendidas.

Em relação à operação, a UEPB informou que, por enquanto, não vai se pronunciar sobre o caso.

Prevenção e combate ao extremismo

A Operação Leviatã integra uma série de ações da Polícia Federal voltadas ao combate ao extremismo violento e à propagação de ameaças contra a segurança nacional. A atuação do jovem investigado chama atenção por sua idade e pelo grau de envolvimento com ideologias extremistas estrangeiras.

O estudante poderá responder por diversos crimes, entre eles incitação ao crime, discriminação racial e planejamento de atos terroristas, cujas penas podem ultrapassar 15 anos de reclusão.

As investigações continuam em sigilo para preservar o andamento do caso e identificar possíveis cúmplices ou grupos organizados com os quais o jovem mantinha contato.