Teve início na segunda-feira, dia 25 de abril, o 2º FIC RIO – Festival Internacional de Curta. A programação, que vai até o dia 30, reúne quase 100 curtas-metragens, nacionais e internacionais, nos gêneros ficção, documentário e animação, além de videoclipes, que concorrerão à premiação em 27 categorias. São obras selecionadas de 22 países e 15 estados brasileiros.
O catoleense Jackson Kakito venceu com o curta “Coral” o prêmio de Melhor Filme Universitário no 2º FIC Rio – Festival Internacional de Curta. O evento aconteceu no Rio de Janeiro, mas todas as exibições foram online, em um canal no YouTube (canal do Festival no YouTube), pois quando o festival foi aprovado, ainda estávamos com restrições de eventos por causa da pandemia.
Um fato inusitado aconteceu: Coral concorreu na categoria de curta metragem universitário, mas o curioso é que Coral não é um curta, é um media. Então ele, a princípio, foi desclassificado e não poderia passar no festival por ter mais de 30 minutos. Mas a curadoria do festival gostou tanto do filme que mudaram a regra e aumentaram o tempo limite pra 40 minutos, fazendo com que Coral pudesse participar.
“Não sei se foi exatamente isso o motivo da mudança de regra, mas foi o que eles deram a entender no email que enviaram avisando que Coral tinha entrado”, confidenciou Kakito.
Coral é um filme baseado em um conto de minha autoria. Virou filme para meu trabalho de conclusão de curso de Cinema e Audiovisual na UFPB.
Conta a história de Paulo, um cara que vê sua rotina diária ser chacoalhada quando recebe a notícia de que alguém viu uma cobra entrando em seu carro.
Sem saber se há mesmo uma serpente em seu automóvel, Paulo vai mergulhando numa paranóia crescente, que o leva a tomar medidas extremas, mostrando que, no fim das contas, o maior medo do ser humano é a incerteza.
Para o cineasta catoleense, “receber esse prêmio é uma satisfação imensa. Saber que um trabalho nosso está sendo reconhecido internacionalmente, num festival tão grande, faz com que a gente se sinta motivado a continuar criando, trabalhando, produzindo”…
“Mas, pra mim, o mais gratificante mesmo é ver a galera de Catolé feliz e se sentindo orgulhosa de estar sendo representada pelo mundo afora… Saber que eu to levando o nome de Catolé pra outros lugares é a melhor parte de tudo isso”, concluiu Jackson Kakito.
Coral segue participando de festivais. Enquanto isso, ele não pode estar disponível em outras plataformas, porque alguns festivais exigem que o filme não esteja publicado.
“Mas volta e meia ele estará em festivais de exibição online, e qualquer pessoa, em qualquer lugar do mundo, vai poder assistir… A gente vai estar sempre avisando” disse.
Kakito confidenciou que tem uma penca de projetos pela frente. O mesmo está compondo as músicas de um seriado infantil, o Davissauro, que está em fase de produção, estou trabalhando no roteiro de um novo filme, estamos planejando novas exibições do documentário “Em Nome do Pai” em Catolé e João Pessoa e tenho um novo romance para ser publicado em breve. Parece muita coisa, mas às vezes é bom manter a cabeça ocupada, pontuou com sorisso no rosto.
Por Clodoaldo Medeiros