Lava Jato mira repasses indevidos a partido político e empresas da PB

A Polícia Federal cumpre, neste terça-feira (25), mandados na Paraíba em um desdobramento da Operação Lava Jato.

A ação, desencadeada em Cabedelo, João Pessoa, Campina Grande e Brasília, é originária de Curitiba, berço das investigações.

A Operação Ombro a Ombro mira vantagens indevidas destinadas a um investigado que teriam sido pagas pela empreiteira por meio de doação a um partido político e repasses a empresas sediadas na Paraíba.

São alvos do inquérito em tramitação na Justiça Federal de Curitiba: CASA LOTÉRICA TAMBAU LTDA, DIMITRI CHAVES GOMES LUNA, JOÃO MONTEIRO DA FRANCA NETO, PAULETE DA SILVA LEAL, RUI NOBREGA LEAL, ALEX ANTONIO DE AZEVEDO CRUZ, ALEXANDRE COSTA DE ALMEIDA, CINTTEP – CENTRO INTEGRADO DE TECNOLOGIA E PESQUISA AVANCADA LTDA, LOTERICA TAMBAU LTDA, NOVO MILENIUN COMERCIO DE COMBUSTIVEIS LTDA e POSTO VIP COMERCIO DE COMBUSTIVEIS E DERIVADOS LTDA

Durante as investigações, foi identificada uma Organização Criminosa formada por executivos de grandes empreiteiras, que, por meio da formação de cartel e pagamento sistemático de propina a Diretores da Petrobrás, fraudava o caráter competitivo de licitações realizadas pela estatal.

As irregularidades cometidas em detrimento da estatal foram trazidas à tona no bojo da Operação Lava Jato.

A Ombro a Ombro visa apurar supostos delitos de corrupção passiva e lavagem de capitais. Conforme apurado, o investigado teria solicitado e recebido pelo menos R$ 4 milhões, a fim de “blindar” os executivos das grandes empreiteiras, envolvidas no esquema de corrupção que vitimou a PETROBRÁS.

Os pagamentos feitos pela empreiteira a tais empresas foram justificados em contratos fictícios ou superfaturados, e os valores respectivos seriam sacados pelos representantes das empresas e entregues em espécie a intermediários do investigado.

O nome da operação é uma alusão à origem histórica das CPIs. Segundo historiadores, tal origem pode ser associada a reuniões praticadas por monges budistas há milhares de anos, quando se sentavam em círculo (ombro a ombro) no sopé das montanhas, para meditar e apurar causas do mal-estar geral.

Por Wallison Bezerra / blog do MaisPB

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