Novo presidente inicia nesta sexta mandato de três anos com dívida perto dos R$ 600 milhões
Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, passou a presidência do São Paulo para Julio Casares. O novo presidente tomou posse nesta sexta-feira, no Morumbi, para um mandato de três anos.
No Salão Nobre do estádio, Leco se despediu do cargo e desejou sorte a Julio Casares. O evento foi transmitido ao vivo pelo clube.
– Eu saio tranquilo, de cabeça erguida, de que vou entregar o São Paulo arrumado, superado de traumas para uma pessoa profissional, de grande expressão. Uma figura que desenvolveu na sua vida proveitosas situações e agora vai dedicar tudo isso ao São Paulo – afirmou Leco.
– Te desejo (Julio Casares), e a todos que te acompanharem, felicidade no âmbito pessoal e que traga isso para o São Paulo. Ficaremos muito felizes. Boa sorte – completou.
Em seu discurso de posse, Julio Casares agradeceu a Leco e afirmou que na próxima segunda-feira, em entrevista coletiva, ele divulgará 50 metas a serem cumpridas nos primeiros 100 dias no cargo.
Na próxima segunda, Muricy Ramalho iniciará seu trabalho como coordenador de futebol. Ele terá a missão de ser uma ponte entre jogadores e comissão técnica e a direção. Para evitar especulações, colocará no contrato a cláusula que o proíbe de assumir a função de treinador.
Um dos grandes objetivos de Julio Casares será diminuir a dívida que o clube fez disparar nos últimos dois anos. A estimativa é de que em janeiro esse número esteja em quase R$ 600 milhões.
– Vai ter um realinhamento financeiro. Conto com a visão do Adilson Martins, que vai ajudar o Serginho para reorganizarmos essa dívida, com renegociação, trabalhar com prazos. Não é fácil, mas vamos ter essa iniciativa – afirmou Casares.
Um novo processo também será implementado no São Paulo. De acordo com o presidente, câmaras setoriais serão feitas para que haja uma ajuda de conselheiros aos diretores de cada área do clube.
– Vamos ter câmaras setoriais por área. Teremos três conselheiros abnegados para ajudar o diretor. Essa câmara terá prazo e meta. O conselheiro abnegado vai ter sua carteirinha, mas vai ter plano de meta de voluntário. Mas vamos cobrar, não é porque ele é voluntário que não vai ser cobrado. Vamos constituir mais proximidade do diretor com os conselheiros. O voluntário conselheiro vai ajudar em outros temas e vamos informar a mídia do que está sendo feito – disse.
No final do discurso, Julio Casares se emocionou ao falar de sua mãe, Dona Maria, de 92 anos. Ela não pôde comparecer à posse devido a pandemia do novo coronavírus.
Por redação do ge