O Misto passou!
Zé Amâncio residia ali pertinho do Banco do Brasil (onde funciona o boticário). Ele deixou uma grande descendência em nossa cidade. A casa de Zé Amâncio, ou mais precisamente, a calçada de sua residência, era ponto de encontro de alguns cidadãos Catoleenses. Entre eles: Cícero Anselmo, Lauro Nunes e outros, que sobre o bastão de José, destrinchavam as fofocas, futricas, pilhérias e piadas de nossa cidade. As “reuniões” aconteciam sempre no período noturno. Os assuntos eram os mais diversificados possíveis. Figuras interessantes da nossa comunidade, “assinavam” o ponto alí. A calçada era na verdade, o ponto informativo da nossa comunidade.
Muitos passageiros que viajavam com destino ao Piemonte da Borborema, e outras cidades da região, alojavam-se na pousada de “Seu” Zé (naquela época era Rancho). Um desses viajantes, antes de dormir, alertou estaleiro, para que o acordasse, já que, estava indo para a Rainha da Borborema. Para reforçar o pedido, ele disse: “Seu Zé, quando o Misto (transporte usado naquela época) passar, o Senhor me chame.” Lá pelas tantas da madrugada, o hóspede acordou sobressaltado, pelos insistentes batidas e gritos. Era Zé Amâncio, com sua voz tonitruante, dizendo: “Amigo, o Misto passou!”__O viajante desesperado, falou: “Eu pedi ao Senhor para chamar-me quando o Misto passasse, e só agora, Seu Zé acorda-me? Tenho um assunto muito importante para resolver em Campina Grande. E agora?” __Zé Amâncio, com aquele jeito, que lhe era peculiar,disparou: “Pois é, atende seu pedido! Agora não posso fazer mais nada!_ E o viajante, teve que esperar mais uns dias para ir até Campina Grande. E, precavido, não dormiu na estalagem de “Seu” Zé, preferiu ficar acordado.
Texto do Professor Pedro Neto: O Misto passou!
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