No mês da mulher, Pollyanna Dutra defende maior participação feminina na política

Parlamentar convocou os deputados a montarem uma agenda voltada às mulheres

No próximo dia 8 de março será celebrado o Dia Internacional da Mulher. Aproveitando a oportunidade do mês comemorativo, a deputada Pollyanna Dutra ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) nesta terça-feira (3) para defender uma maior participação das mulheres na política. Conforme a parlamentar, a presença das mulheres nesses espaços ainda é tímida, representando vasta minoria do país. Para Dutra, é necessário criar uma agenda de incentivo para que as mulheres alcancem o protagonismo nos mais diversos segmentos sociais.

“Por que a representatividade da mulher ainda é tão baixa na política? As mulheres são 51% da população, mas ocupam apenas 12% das prefeituras do Brasil. No caso das mulheres, negras, é ainda mais grave. Elas são 27% da população, mas governam apenas 3% das prefeituras do Brasil. O que está travando para conquistarmos nossos espaços? Precisamos empoderar as mulheres, para que elas ocupem os cargos políticos. Quando se vota em uma mulher, todos se sentem protegidos. Queremos oportunidades iguais para que as mulheres ultrapassem as barreiras e ocupem esses espaços”, comentou.

A parlamentar lembrou um exemplo particular, de quando estava à frente da prefeitura do município de Pombal e chegou a ser chamada de “mandona”, apenas porque lutou por mais espaços para as mulheres. Para Dutra, todo o preconceito velado enfrentado pelas mulheres é herança de um patriarcado que acredita que as mulheres não podem disputar igualmente os espaços com os homens. “Eu não era mandona, eu tinha a ambição de conquistar espaços iguais. Lá em Pombal, eu consegui alcançar esse espaço e consegui estimular a emancipação das mulheres. Isso não só as empoderou, mas mudou os espaços ao seu redor. Incentivar as mulheres muda não só a realidade que as rodeia, mas proporciona uma mudança nas cidades, no nosso estado, no mundo”, destacou.

Pollyanna Dutra ainda convocou a Assembleia Legislativa a montar uma agenda voltada às mulheres. “Precisamos construir uma relação de respeito entre nós e a sociedade, construir uma nova agenda com base nos direitos conquistados nos espaços diversos. Precisamos trabalhar para diminuir, por exemplo, os casos de feminicídio, para extinguir a herança do patriarcado e estimular as mulheres. O que tem sido feito nesse sentido? Essa Casa precisa se mobilizar, as mulheres precisam ter mais sororidade, se unir em relações de irmandade mesmo, compartilhando os mesmos ideais e propósitos, e alcançar os mais diversos espaços. Conclamo, em especial, nós que somos apenas 5 mulheres na Assembleia, a estimular outras mulheres paraibanas a ocupar esses espaços de poder”, finalizou.

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