A senadora Daniella Ribeiro, do Progressistas, criticou o ultimato dado pelo prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PV), aos partidos aliados, para que se definam sobre as eleições municipais deste ano, sob o risco de perder os cargos na gestão. O prazo estipulado por Luciano é o dia 30 de março.
Em entrevista ao Hora H, da Rede Mais de Rádio, transmitido em João Pessoa pela Rádio POP FM (89.3), Ribeiro disse ter sido pega de surpresa com o posicionamento do prefeito e afirmou que os partidos “não podemos ser coagidos para definição”.
“Me causa estranheza esse tipo de postura do prefeito, não é muito do seu feitio. Os partidos ajudaram a elegê-lo, acreditaram no seu projeto, não podem ser coagidos para definição. Cada um tem seu tempo próprio, assim como o prefeito tem sido cobrado muitas vezes que indique o nome que vai apoiar como seu candidato e ele não indicou. Se isso realmente for uma ação dele, provavelmente, ele deve nos procurar para conversar ou acerca da condução do processo. E quando falo condução é que partidos aliados precisam sentar a mesa de forma igualitária, falar de nomes, é tudo uma conjuntura e não simplesmente alguém dizer que vai definir se vai apoiar ou não seu candidato. Não sabemos sequer quem vai ser o candidato”, declarou a senadora.
Presidente estadual do PV, o prefeito Luciano Cartaxo já cravou que o seu partido terá candidatura própria em João Pessoa. O nome, porém, ainda é um mistério, mas sairá, segundo o prefeito, da própria gestão. Os secretários Diego Tavares (Desenvolvimento Social), Daniela Bandeira (Planejamento) e Socorro Gadelha (Habitação) são os mais especulados.
Mais cedo, o deputado federal e presidente do PSDB na Paraíba, Pedro Cunha Lima, contrariou as declarações do prefeito.
“É muito ruim essa maneira de conduzir o processo. Você diz que pode ser votado e não pode votar em ninguém. Isso distancia muito da conciliação. Essa colocação do prefeito é algo que distancia qualquer outra legenda”, afirmou.
Pedro lembrou que o PSDB mantém o desejo de ter candidatura própria na Capital, tendo como nome o deputado federal Ruy Carneiro.
“O processo está em curso. É um esforço, mas não se nega o diálogo. A gente pode ser representado por outra pessoa, mas existe um esforço para que a gente tenha candidatura própria”, disse.
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