A Polícia Federal deflagou, nesta quinta-feira (12), em João Pessoa, a Operação Arpão de Netuno, com objetivo de combater o tráfico de drogas na Paraíba, praticado pela organização criminosa denominada de “Nova Okaida RB”.
A operação realizou o cumprimento de 24 mandados de prisão preventiva e três de busca e apreensão nas cidades de João Pessoa e São Paulo (SP). As ordens judiciais foram expedidas pela Vara de Entorpecentes, da Comarca da capital paraibana.
De acordo com a Polícia Federal, a investigação demonstrou que, após a deflagração da Operação Gerônimo, no ano de 2017, que teve o objetivo de investigar e responsabilizar criminalmente os integrantes da organização criminosa “Okaida (OKD)”, houve uma reorganização da facção em razão de conflitos internos, com a ascensão de novos líderes, após o afastamento e o decreto da morte de algumas das lideranças anteriores.
A nova estrutura organização criminosa foi batizada de “Nova OKD RB” e o processo de refundação vem investindo em realizar o cadastro de seus integrantes.
Investigação
O aprofundamento das investigações revelou detalhes da estrutura da facção e a forma de funcionamento e identificação de seus integrantes. Veja abaixo:
• O comando da organização criminosa, denominada de ‘palavra final’, é exercido por dois homens, ambos presos e cumprindo pena no Presídio PB1, em João Pessoa;
• A estrutura deliberativa, denominada de ‘conselho’, é composta por 15 integrantes, os quais ocupam o segundo escalão hierárquico da ORCRIM, responsáveis pelas principais decisões do grupo criminoso;
• A estrutura executiva é realizada em loteamento dos bairros de João Pessoa e demais cidades da Paraíba, com indicação dos responsáveis pelo controle do tráfico de drogas;
• A estrutura de cadastramento dos integrantes é feita mediante fichas individuais, constando data de filiação, área de atuação e padrinho responsável pela indicação;
• A estrutura financeira da “Nova Okaida RB”, denominada de ‘caixinha’, consiste na utilização de contas bancárias de terceiros e familiares para ocultação dos valores recebidos com o tráfico de drogas, possibilitando o fortalecimento da facção mediante a aquisição de armas, pagamento de advogados e envio de recursos a integrantes presos e familiares.
Assim, foi determinado pelo Poder Judiciário o bloqueio de contas bancárias, totalizando o montante de aproximadamente R$ 500 mil.
Crimes investigados
Os investigados responderão pelos crimes de tráfico interestadual de drogas e
organização criminosa, cujas penas, somadas, ultrapassam 20 anos de reclusão.
Nome da Operação
O nome da operação é uma alusão ao poder, à força da atuação do estado na
repressão ao tráfico de drogas.
Fonte: Portal Correio