Por Prof. Me. Francisco Marcos: “Independência ou morte?” Acho que erraram na resposta

Dia da Independência do Brasil: assim celebramos e recordamos a cada dia 7 de Setembro a longínqua data de 1822. Se não tivéssemos tantas informações daquele ato dito histórico prepararíamos de modo mais alegre o sagrado dia do Bicentenário da Independência que se aproxima de hoje a um ano. Mas, lamentavelmente, naquele dia, como já descrevemos em outro artigo de opinião, o Brasil saiu da condição de Colônia explorada para país endividado. Quanto nos custou e ainda nos custa aqueles dois milhões de libras dadas como desconto para enorme dívida de Portugal aos ingleses. Ai começou a saga do preço da liberdade, se é que somos livres. Mas, como cidadão brasileiro não alimento neste dia o pessimismo ou o espírito anti patriótico, até porque amo o Brasil, sua história de lutas e sua gente; Mas, meus posicionamentos críticos em relação ao passado é devido às duras penas que vivemos até hoje, e que se avizinham ainda até o futuro próximo causado por pessoas que colocaram seus títulos, privilégios e boa vida acima do bem coletivo.

A sangria se estanca na fonte! Precisamos trilhar um caminho em que a austeridade deva ser para todos, já que dizem vivermos uma “crise”, e não privada para uma parcela privilegiada da sociedade. Precisamos ter consciência de que o patriotismo não se configura pela ostentação dos símbolos externos como à nossa bandeira ou aos brasões, mas ao que os mesmos representam: as instituições e acima de tudo o povo brasileiro. Desde a Revolução Francesa, ocorrida e com marco com a queda bastilha (prisão que abrigava os presos políticos) em 14 de Julho de 1789, ventilam-se o espírito moderno da liberdade, igualdade e fraternidade, princípios estes que norteiam e dão base às constituições de diversos países inclusive a nossa; que devido à sua expressividade, a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 é chamada de Constituição Cidadã. Mas lamentavelmente, apesar da mesma é claro os amotinados benefícios excessivos aos que dão sustentação à velha corte. Em 1889 expulsaram a família real de nosso país, no entanto, as velhas práticas continuaram. E nossa República também nasceu prematuramente já que foi também um suposto golpe emcima de outro: o Marechal Deodoro havia combinado com o Marechal Floriano para o dia 16 de Novembro, mas por astúcia e desejo pelo poder resolveu antecipar o ato e proclamou no dia 15 de Novembro, e tornando-se o primeiro presidente da República.

Devemos lutar por direitos, e não por privilégios. Todos somos iguais diante da lei, assim deveríamos ser. Dói em meu coração a percepção de que o caráter dominador que vem desde a Monarquia e perpassou até a nossa República é de que o princípio da solidariedade é pouco valorizado. Ao entrar no supermercado no dia de hoje fiquei mais uma vez surpreso com o preço das coisas que compõem a cesta básica. Como um cidadão de bem poderá viver ganhando um salário mínimo que não atende às suas necessidades básicas? Não sou tão experiente quanto à idade, mas os fatos ficam registrados. Tudo está parecendo com o período do URV, onde as coisas subiam o preço sem precedentes, ao ponto que nas antigas bodegas quem comprava fiado anotavam o que tinham comprado para pagar no preço do dia que fossem pagar. É preciso mudança, precisa-se urgentemente transformação. Não estou falando aqui de pessoas porque até então elas não foram capazes de mudarem o velho costume. É tempo de mudança de mentalidade, para que seja anunciado um país para todos sem exceção.

Prof. Me. Francisco Marcos Alves

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