Hoje em dia para ser árbitro de futebol, e necessário apenas, frequentar cursos existentes, e sair com um diploma embaixo do braço, aplicando o que aprendeu, logicamente acompanhado de um apito. Sou daqueles, que acreditam que o bom jogador sempre surgiu nos campos de Várzea (termo desconhecido e esquecido hoje no meio futebolístico). Quando trabalhei com as categorias de base em nossa cidade e região, garimpava valores na periferia e descobri excelentes jogadores. Bom, este texto trata de arbitragem, e também acredito que para ser árbitro, é necessário, que o mesmo passe pela “casca do alho” do futebol. Comecei cedo neste ramo da arbitragem, apitando “rachas” onde existiam campos ou quadras esportivas. Aprendi muito nesta escola da vida. Lia as regras, sem nenhuma orientação. Precisava interpretá-las! Eram verdadeiras batalhas enfrentadas nos momentos do apito. Era difícil apitar, sozinho, e sem a mínima segurança, e ainda por cima, sem ganhar NADA!
Iniciei-me no apito lá para as bandas de 1974, e em 1975, comprei o primeiro livro de regras de Futsal, autoria de Luiz Gonzaga Fernandes, ex-presidente da Federação Paulista de Futsal. Procurava ler as regras, sempre, mas as dúvidas existiam. A quem recorrer? Os cursos não existiam por aqui, e o intercâmbio, necessário para o desenvolvimento do nosso esporte, estava distante! Normalmente, existiam interpretações distintas na aplicação das regras, e isso dificultava o trabalho nosso, dentro da prática futebolística. Mas, de uma coisa tenho certeza: Era necessário muita coragem, e até um certo grau de loucura, para ser árbitro aqui e alí.
Quando comecei a frequentar nossas praças esportivas, ainda tive oportunidade de ver em ação: Geraldo( o gordo de Arnor); Deí dos Correios atuando no antigo futebol de salão. Como mesário, a presença do Professor Heine Targino. É importante saber, que naquela época, os árbitros eram substituídos, à força, durante o transcorrer da partida. Caso não agradasse aos poderosos de plantão, eles eram “substituídos” imediatamente. Muita humilhação , parodiando o saudoso “Midessem” Junior. No futebol de campo, as atuações do pernambucano Anun ( este era locutor de carro de som); Erivan Barreto; Gentil de Tota; Galvão de Nilo; Severino( conhecido como Anta ou Escopeta) e outros árbitros do nosso futibó, como fala minha neta do coração, Angeline. Não tive a oportunidade de ver em ação, o famoso árbitro Jurinho, filho do velho João Pintor, que também era pai de José Hercilio Maia(advogado), Xerém e Neguinho Pintor( herdou a profissão do pai). Uma pena!
Da nossa geração, tive a chance de ver em ação: Bosco de Enok; Dedé do Varjao; “Meipao”, irmão de Crauna, Toin e Pininhinha, todos, filhos de “Seu” Luís. Ainda tive a chance de ver no apito: José Izidro( Zezito eletricista); João do Mato( este, o mais corajoso e polêmico do futebol catoleense); PC( também conhecido como Fanteca); Gilson Alves; Zé do Bico; João Neto;Ednaldo Estrela (Vela); Novelo( filho de Chico Véi do Baixio); Rene Macauba e outros corajosos cidadãos do apito do nosso tão sofrido “futibó”. No futsal, vários nomes formam a lista dos desamparados e sacrificados seres deste mundo, tão criticados e agredidos: Novo( meu irmão); Tarciso ( é Tarciso mesmo); Kaubin; Ivonaldo; Ronave; Zacaelio; Zei e outros, que a mente, teimosamente não consegue lembrar de tão importantes nomes no cenário esportivo da terrinha. Sempre contei com a ajuda de todos eles, nas competições realizadas por aqui. Procure protegê-los, mesmo sabendo, que também corria sérios perigos. Algumas vezes, fui obrigado a tomar, atitudes drásticas, para protegê-los! Alguns entendiam, enquanto outros, procuravam denegrir minha imagem, apenas com o objetivo de atrapalhar um trabalho, sempre voltado para o respeito e seriedade.
Vários lances marcaram a história sa arbitragem do nosso futebol: Jogo válido pelo Copao Progresso ( competição realizada pelo departamento esportivo sa emissora Sousense), jamais esquecerei aquele jogo. Estádio lotado! A torcida de Coremas era maioria no Está Benedito Alves Fernandes, ( mudaram o nome do campo para o Tabajara, coisa não entendi até hoje, já que a nossa principal praça esportiva foi doada ao time esmeraldino, pelo ex-prefeito Biu Fernandes. Ingratidão, mesmo dentro do parentese). A Rádio Progresso não enviou o árbitro para tal jogo. Ninguém se arriscava à tal “aventura”. De repente, fui convidado para atuar no apito. Fui abordado por vários desportistas de nossa cidade. Não! Quem seria o responsável pela segurança? Como sempre, insegurança! Enfrentar a turma do Tabajara, era difícil. Povo ” poderoso!” Não aceitei! O adversário do Tigre do Sertao era o 4 de Abril da cidade das água. O clima era de “guerra.” A insegurança reinava, dentro e fora do Beneditao! Claro que não aceitei! É interessante ventilar, que não existia nenhuma segurança, e alguém da “casa” apitar um jogo com aquele grau de violência, seria um suicídio no verdadeiro sentido da palavra. Várias pessoas foram convidadas, mas ninguém quis enfrentar tão perigoso desafio. Depois de uma longa espera, apareceu um candidato: Geraldo Caneco Amassado, oriundo da cidade de Coremas. E lá foi Geraldo! Depois de muitas paralisações, agressões físicas e morais, o prelio chegou ao final. Zero a zero, foi o resultado do ” espetáculo.” Até hoje, não entendi, porque aquele baixinho invocado, teve coragem ou petulância de apitar um jogo tão complicado. Talvez , seu nome diga tudo: Geraldo Caneco Amassado. Pode?
No período que aconteceu esse jogo, eu já estudava lá na rainha da Borborema! Fui morar no Edifício Floresta, depois de morar dois dias no cabaré de Dona Geiza. A minha passagem por este local, tem uma justificativa: Fui desalojado do “,famoso Guarani, onde residia, por conta de estudante Catoleense que por lá também passou e deixou um débito.Fui abordado por um cobrador de uma empresa, que queria informações a respeito do tal inquilino. No final da história, fui eu que, ” paguei o pato”. O Doutor, até hoje, usa o anel da formatura, motivo da minha “expulsão ” daquele cortiço. Tá explicado, minha passagem, por aquele ambiente das ÍNDIOS CARIRIS( nome da rua). Depois de tal aventura na casa da simpática velhinha, cheguei no Edifício Floresta, onde encontrei vários atletas do 4 de Abril, que também estudavam em Campina Grande. Lá, encontrei Geraldo Caneco Amassado que estudava na gélida Cidade de Areia, localizada no Brejo Paraibano. Geraldo era amigo dos ex-atletas , que atuaram no famoso 0 x 0 do antigo Copao Progresso: Diá, Zezinho e outros. Geraldo, formou-se em agronomia e foi vereador por sua terra natal. Morreu prematuramente!
Depois de tudo isso, só sei que apitar futebol, é coisa para João do Mato, também, apelidado pelo radialista Humberto Vital, que também, andou dando uma sopradas no apito: João sem medo.
Certo dia, conversando com o ex-árbitro Ivan Márcio Cavalcante, ele disse: ” Deixei de apitar porque minha mãe está velha.” Será por isso que Catolé tem tão poucos árbitros?
Aproveitando o ensejo, informo que neste dia, 29 de abril, haverá curso de arbitragem em nossa cidade. VAI!?
Hoje em dia para ser árbitro de futebol, e necessário apenas, frequentar cursos existentes, e sair com um diploma embaixo do braço, aplicando o que aprendeu, logicamente acompanhado de um apito. Sou daqueles, que acreditam que o bom jogador sempre surgiu nos campos de Várzea (termo desconhecido e esquecido hoje no meio futebolístico). Quando trabalhei com as categorias de base em nossa cidade e região, garimpava valores na periferia e descobri excelentes jogadores. Bom, este texto trata de arbitragem, e também acredito que para ser árbitro, é necessário, que o mesmo passe pela “casca do alho” do futebol. Comecei cedo neste ramo da arbitragem, apitando “rachas” onde existiam campos ou quadras esportivas. Aprendi muito nesta escola da vida. Lia as regras, sem nenhuma orientação. Precisava interpretá-las! Eram verdadeiras batalhas enfrentadas nos momentos do apito. Era difícil apitar, sozinho, e sem a mínima segurança, e ainda por cima, sem ganhar NADA!
Iniciei-me no apito lá para as bandas de 1974, e em 1975, comprei o primeiro livro de regras de Futsal, autoria de Luiz Gonzaga Fernandes, ex-presidente da Federação Paulista de Futsal. Procurava ler as regras, sempre, mas as dúvidas existiam. A quem recorrer? Os cursos não existiam por aqui, e o intercâmbio, necessário para o desenvolvimento do nosso esporte, estava distante! Normalmente, existiam interpretações distintas na aplicação das regras, e isso dificultava o trabalho nosso, dentro da prática futebolística. Mas, de uma coisa tenho certeza: Era necessário muita coragem, e até um certo grau de loucura, para ser árbitro aqui e alí.
Quando comecei a frequentar nossas praças esportivas, ainda tive oportunidade de ver em ação: Geraldo( o gordo de Arnor); Deí dos Correios atuando no antigo futebol de salão. Como mesário, a presença do Professor Heine Targino. É importante saber, que naquela época, os árbitros eram substituídos, à força, durante o transcorrer da partida. Caso não agradasse aos poderosos de plantão, eles eram “substituídos” imediatamente. Muita humilhação , parodiando o saudoso “Midessem” Junior. No futebol de campo, as atuações do pernambucano Anun ( este era locutor de carro de som); Erivan Barreto; Gentil de Tota; Galvão de Nilo; Severino( conhecido como Anta ou Escopeta) e outros árbitros do nosso futibó, como fala minha neta do coração, Angeline. Não tive a oportunidade de ver em ação, o famoso árbitro Jurinho, filho do velho João Pintor, que também era pai de José Hercilio Maia(advogado), Xerém e Neguinho Pintor( herdou a profissão do pai). Uma pena!
Da nossa geração, tive a chance de ver em ação: Bosco de Enok; Dedé do Varjao; “Meipao”, irmão de Crauna, Toin e Pininhinha, todos, filhos de “Seu” Luís. Ainda tive a chance de ver no apito: José Izidro( Zezito eletricista); João do Mato( este, o mais corajoso e polêmico do futebol catoleense); PC( também conhecido como Fanteca); Gilson Alves; Zé do Bico; João Neto;Ednaldo Estrela (Vela); Novelo( filho de Chico Véi do Baixio); Rene Macauba e outros corajosos cidadãos do apito do nosso tão sofrido “futibó”. No futsal, vários nomes formam a lista dos desamparados e sacrificados seres deste mundo, tão criticados e agredidos: Novo( meu irmão); Tarciso ( é Tarciso mesmo); Kaubin; Ivonaldo; Ronave; Zacaelio; Zei e outros, que a mente, teimosamente não consegue lembrar de tão importantes nomes no cenário esportivo da terrinha. Sempre contei com a ajuda de todos eles, nas competições realizadas por aqui. Procure protegê-los, mesmo sabendo, que também corria sérios perigos. Algumas vezes, fui obrigado a tomar, atitudes drásticas, para protegê-los! Alguns entendiam, enquanto outros, procuravam denegrir minha imagem, apenas com o objetivo de atrapalhar um trabalho, sempre voltado para o respeito e seriedade.
Vários lances marcaram a história sa arbitragem do nosso futebol: Jogo válido pelo Copao Progresso ( competição realizada pelo departamento esportivo sa emissora Sousense), jamais esquecerei aquele jogo. Estádio lotado! A torcida de Coremas era maioria no Está Benedito Alves Fernandes, ( mudaram o nome do campo para o Tabajara, coisa não entendi até hoje, já que a nossa principal praça esportiva foi doada ao time esmeraldino, pelo ex-prefeito Biu Fernandes. Ingratidão, mesmo dentro do parentese). A Rádio Progresso não enviou o árbitro para tal jogo. Ninguém se arriscava à tal “aventura”. De repente, fui convidado para atuar no apito. Fui abordado por vários desportistas de nossa cidade. Não! Quem seria o responsável pela segurança? Como sempre, insegurança! Enfrentar a turma do Tabajara, era difícil. Povo ” poderoso!” Não aceitei! O adversário do Tigre do Sertao era o 4 de Abril da cidade das água. O clima era de “guerra.” A insegurança reinava, dentro e fora do Beneditao! Claro que não aceitei! É interessante ventilar, que não existia nenhuma segurança, e alguém da “casa” apitar um jogo com aquele grau de violência, seria um suicídio no verdadeiro sentido da palavra. Várias pessoas foram convidadas, mas ninguém quis enfrentar tão perigoso desafio. Depois de uma longa espera, apareceu um candidato: Geraldo Caneco Amassado, oriundo da cidade de Coremas. E lá foi Geraldo! Depois de muitas paralisações, agressões físicas e morais, o prelio chegou ao final. Zero a zero, foi o resultado do ” espetáculo.” Até hoje, não entendi, porque aquele baixinho invocado, teve coragem ou petulância de apitar um jogo tão complicado. Talvez , seu nome diga tudo: Geraldo Caneco Amassado. Pode?
No período que aconteceu esse jogo, eu já estudava lá na rainha da Borborema! Fui morar no Edifício Floresta, depois de morar dois dias no cabaré de Dona Geiza. A minha passagem por este local, tem uma justificativa: Fui desalojado do “,famoso Guarani, onde residia, por conta de estudante Catoleense que por lá também passou e deixou um débito.Fui abordado por um cobrador de uma empresa, que queria informações a respeito do tal inquilino. No final da história, fui eu que, ” paguei o pato”. O Doutor, até hoje, usa o anel da formatura, motivo da minha “expulsão ” daquele cortiço. Tá explicado, minha passagem, por aquele ambiente das ÍNDIOS CARIRIS( nome da rua). Depois de tal aventura na casa da simpática velhinha, cheguei no Edifício Floresta, onde encontrei vários atletas do 4 de Abril, que também estudavam em Campina Grande. Lá, encontrei Geraldo Caneco Amassado que estudava na gélida Cidade de Areia, localizada no Brejo Paraibano. Geraldo era amigo dos ex-atletas , que atuaram no famoso 0 x 0 do antigo Copao Progresso: Diá, Zezinho e outros. Geraldo, formou-se em agronomia e foi vereador por sua terra natal. Morreu prematuramente!
Depois de tudo isso, só sei que apitar futebol, é coisa para João do Mato, também, apelidado pelo radialista Humberto Vital, que também, andou dando uma sopradas no apito: João sem medo.
Certo dia, conversando com o ex-árbitro Ivan Márcio Cavalcante, ele disse: ” Deixei de apitar porque minha mãe está velha.” Será por isso que Catolé tem tão poucos árbitros?
Aproveitando o ensejo, informo que neste dia, 29 de abril, haverá curso de arbitragem em nossa cidade. VAI!?