Certa vez conversando com “Seo” Fabre (é Fabre mesmo!), ele disse: “Oh Lé, lá na Lagoa de Pedras, só quem não era parente de vocês, era eu, Estácio e Cezidio”—— De imediato, falei:’ posso provar o contrário?’ —— E aí, disparei: ‘ Qual seu parentesco com a família Maia?’ ——Ele: “Meu pai Chateaubriand de Arruda Barreto era filho de Júlia Herminia, filha de Francisco Hermenegildo Maia de Vasconcelos. Sendo assim, sou bisneto do Coronel Maia.” Então falei: ‘Posso explicar nosso parentesco?’ —–Ele: Sim! Mas continuo achando que você está enganado. “Ciente do meu conhecimento em relação ao assunto, falei: ‘ Sou tetraneto de Francisco da Rocha Maia (filho de Francisco Alves Ferreira Maia), primo em primeiro grau de Maria Olímpia Maia, mãe de Francisco Hermenegildo Maia de Vasconcelos (Coronel Maia). Rochinha, como era conhecido, era primo em segundo grau do Coronel Maia. O patriarca da Lagoa de Pedras, era primo em terceiro grau de Júlia Herminia (filha do Coronel Maia e mãe de Chateaubriand), e pela sequência deste laço de família, primo em quarto grau de Chateaubriand e primo em quinto grau de Fabre Suassuna Barreto. Ele (Fabre), ficou pensativo e disse, com aquela voz tonitruante: ” Ah Lé, você não tem jeito não!”
Semanalmente, visitava “Seo” Fabre. Em mais uma de nossas conversas, ele: “Não sei por quê, vocês se assinam com o sobrenome Saldanha!?—–Naquela época, era do meu conhecimento que tínhamos laços familiares com a família Saldanha. Minha avó materna, Severina Praxedes de Oliveira (Mãe Sininha), sempre falava em parentes seus, que residiam na Serra de São Miguel (hoje, distrito de Almino Afonso). Meu primo, Vicente da Rocha Sobrinho, falou que seu avô Martiniano da Rocha Maia, herdou uma propriedade de um tio seu que faleceu solteiro (este tio era da família Saldanha).
Através de pesquisas e informações orais, cheguei ao “fio da meada.” Minha tetravó materna, era Maria Francisca Saldanha, que, por conta de uma rixa familiar, mudou seu nome para Maria de Santana da Silva. Francisco da Rocha Maia e Maria de Santana da Silva (essa, da família Saldanha), contraíram matrimônio na localidade de Riacho do Sangue, Vale Jaguaribano, estado do Ceará e vieram residir em Lagoa de Pedras no município Norte-Riograndense de Patú. São filhos do casal, entre outros: Martiniano da Rocha Maia (meu trisavô materno); Mariana da Rocha Maia (minha trisavó paterna); Maria Francisca das Chagas; Miguel da Rocha Maia (Miguel de Santana); Joaquim da Rocha Maia (Joaquim Santana).
Aí está, mais uma história do laço de família, envolvendo tantos sobrenomes, que também foi berço dos Alves (sou Pedro Alves), tema de outro texto.
Lamentavelmente, não pude esclarecer esse laço familiar com a família Saldanha, para, o também parente, Fabre Suassuna Barreto (ele era casado com minha tia Estácia, neta de Maria Sá Rocha Maia e bisneta de Francisco da Rocha Maia e Maria Francisca Saldanha). “Seo” Fabre está na casa do Pai Criador. Lá em cima, com certeza, ele diz: “Esse Lé não tem jeito não!?
Texto:Professor Pedro Neto (Prof Lé)