Final de tarde, “Seu” Tércio, homem de muitas funções naquela cidade (João Dias – RN), e amigo de Marão, esbaforido, gritou: “Cumpadi Mário, o locutor ta acabando com o senhor, escute! – Mario Teodorico (candidato a Prefeito de João Dias – RN), que também já havia tomado “várias” no Bar de Chaguinha Veríssimo… Foi ao encontro do locutor ( o carro era uma Brasília) e “mordido” : Desça do carro…(%*#@§) o resto você já sabe). E vá embora!! Nieza… Voltou a pé para Catolé. Só Deus sabe como ele chegou … Aqui!
São muitas as histórias de Otoniel Ribeiro Filho. Foi um bom jogador de futebol. Era lateral esquerdo, e ala no futsal. Jogou muito tempo pelo Tabajara. Ainda atuou por outras equipes do nosso futebol. Lamentavelmente, o álcool foi mais forte. Abandonou a bola ou foi abandonado pela amiga de tantas jornadas?
Otoniel adorava colocar apelidos nas pessoas (quando estava alcoolizado) e tinha os seus favoritos: Lenival Andrade (O Jornalista), pra ele, era Dr. Lauri ou Marcondes Gadelha. Certa vez conversava com ele (Nieza), quando Lenival passava na calçada da Rádio Independência e Nieza, com aquele vozeirão: “Fala Dr. Lauri!” Aí Lenival disse: “Ontem eu era Marcondes Gadelha, hoje já sou Dr. Lauri? – Otoniel de aquela gargalhada… ficava feliz! Lieta e Ivanilde (irmãs bastante conhecidas em nossa cidade) pra ele eram: Chitãozinho e Xororó. Algumas pessoas não gostavam, outras davam boas risadas.
Nieza conseguiu um emprego na CAGEPA. Dava plantão no posto da companhia de água e esgotos que ficava no bairro da Várzea. Lá, ele e seus amigos faziam a festa. Não deu certo! Foi transferido para Pombal (Terra de Maringá de origem do seu pai Otoniel). Certo dia na rodoviária da terra de Maringá estacionou um ônibus da empresa Patoense ou Guanabara? Adivinha quem foi o primeiro passageiro a desembarcar. Ele, Otoniel Ribeiro Filho, para os íntimos, Nieza. O funcionário, “carregado” de caranguejo, saiu do ônibus jogou a latinha já fazia e gritou: “Quem é o homem daqui?” – Até hoje não sei o motivo da demissão do filho do “Seu” Otoniel. Como dizia o Major Marinete teria sido excesso de água? Talvez a demissão, não tenha sido por conta da latinha vazia, que foi chutada na rodoviária, mas por conta das latinhas que ele esvaziava nos botecos da cidade.
Os dois se tornaram amigos de verdade! O dono do Boteco e o cliente. O tempo que não esperava por ninguém, passou. Né sofreu um acidente automobilístico, e sua vida nunca foi à mesma. O azulão da Rua Manoel Pedro, teve suas portas fechadas. Depois de tudo isso, sua vida… Foi outra vida. “Seu” Né num tresloucado ato, nos deixou e foi morar com Deus. Nieza foi depois. Lá no céu muita alegria! Era o encontro de dois velhos amigos. Nieza foi logo bradando: “Faaala Né!” – “Seu” Né, com seu linguajar: “Diga doido, já ta bêbu?” Foi só alegria!
Por Professor Pedro Neto (Professor Lé)
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