Jogo válido pela Copa Jatobá: ABC X Rancho do Povo. Pense num barulho! De um lado os “cachimbos” em dia de “festa” seu aniversário, o ABC (Associação Baixa da Cachorra) estava em pé de guerra. Era grito pra todo lado. O menor palavrão era… Pensava que eu ia falar? Não! Um fato chamou minha atenção: Eita time parecido!
A bola começou a rolar, ou voar! Fiquei interessado naquela situação: Paulo César (Fanteca de Edite de João da Viúva), era o árbitro do jogo; Seu auxiliar, era João do Mato (seu irmão) e Zezinho de Edite era o zagueiro da Baixada: três irmãos em campo. De repente, disparou pela esquerda. Sobrinho, filho de Paulo César (PC) e sobrinho dos dois filhos de Edite. Curioso, indaguei para um torcedor: “São todos parentes?” – Aspas para o torcedor; Aí é tudo família! Na defesa (sistema defensivo) jogavam: Bodão (Neném de Preto Véi), pai de Bodinho que atuava ao lado de Neumak, seu tio (irmão de Bodão). Ouvi gritos na lateral do campo. Presença de Zé Neto, Badú e Nego (também conhecido como Botijinha), irmãos de Bodão.
O presidente do ABC, Nego Nia (Ananias) estava impaciente. O time da “Baixa” não estava jogando bem. Consultei meu informante: Você é parente de alguém desse time? – Ele: Sou irmão de Nego Nia (Ananias), que era primo de Neném, filho de Chico Véi do Baixio (Pai de Novelo que estava reclamando muito com PC (juiz do jogo). Aí, meu informante falou: “Conhece os filhos de Neném três litros de leite?” – Eu: Sim! Valdir foi meu aluno – Ele; “Quem é Valdir? – Conheço, Bagú, Saci e Tinen. São sobrinhos de Novelo e netos de Chico Véi. – Eu : têm outros parentes na equipe? – Ele: “O goleiro Carlinhos é genro do zagueiro Bodão.” Eita time unido! Será?
Final de jogo, ABC derrotado! Quem passava ao meu lado, “mordido”, era Bodão. Indaguei: ‘Porque vocês brigam tanto?’ Aspas para ele: Se a gente não brigar… Aí a gente joga mal! Eu: ‘E hoje porque perderam?’ – Bodão: “Hoje a briga foi pouca!” – Pode?
Na “Baixada” foi sempre assim! Lá em “Seu” Neco: Dedé, Careca e Lata; Na casa de Leandro Foguinho: Chico Cassaco, Dedé e Netinho (craque); Neto, Grilo e Sonhonhon eram filhos de Toinha de Germano; Zé Negão, Nena e Paulo César, filhos de “Seu” Expedito; Deca Machante era o pai de Nabô e Duá; Doidinho, Meipão, Craúna e Pinininha eram filhos de “Seu Luís”; Lá na Várzea, os irmãos, Neco, Dedé, Miguelzinho e João Batista também jogaram (existia uma ligação muito forte entre Baixada, Luzia Maia e Várzea).
Outros jogadores atuaram no time de Zé Preto: (irmão de Beba e Chico Véi do Baixio): Anta que era Severino e mais conhecido como Escopeta; Zumba Cacête (pai de Sandro que também jogou no time da Cartilha), era sobrinho de Gentil de Tôta que jogou pelo ABC, quando o uniforme era de flanela e tinha cores da Seleção Brasileira; E Ronca? Esse atravessa o Campo do Tabajara, quando acertava um “bicudo” na bola; Urcinha Verde era irmão do zagueiro Benício (eram tios do lateral direto Amador, sempre com cara de mau); o goleiro Kelau, filho de Dona Olívia e cunhado do ponta esquerda Fanteca(PC); Na casa de Telão: Chico e Tião: zagueiro e atacante; Chiquinho de Chico de Laura, também conhecido como Cutia, era cunhado de Cabeção, irmão de Fuzil que era lateral esquerdo; e Epitácio Bêsta Braba? Esse era ponta esquerda e conserta as chuteiras estragadas; Dotô (é assim mesmo!) era tio de Bebé e Sandro que defenderam a camisa alvinegra do ABC; Ainda vi jogar, Branco do Cinema e Budé de Zé Lúcio; Nos anos 70; Assisti o ABC jogando com o time do Sítio Panatí do goleiro Josafá, que tinha estampado na sua camisa: Bola e Café só prestam quente. Neste jogo o ponta direita do ABC era Preto Véi, pai de Nêgo, Neumak, Zé Neto, Badú e Neném (Bodão). Pai de Bodinho. Eita mistura boa! Saudades desse mundo mágico do nosso futebol.
Por Professor Pedro Neto (Professor Lé)