Cícero Bernardo explicou que os produtos já chegam com o preço elevado para os supermercadistas, que têm se esforçado para não repassar toda a alta de preços para o consumidor.
O presidente da Associação de Supermercados da Paraíba (ASPB), Cícero Bernardo, afirmou que os supermercados já estão fazendo a parte deles para controlar a alta de preços dos alimentos. ”Quase não temos lucro nos itens da cesta básica”, afirmou.
Cícero Bernardo explicou que os produtos já chegam com o preço elevado para os supermercadistas, que têm se esforçado para não repassar toda a alta de preços para o consumidor. ”Se você olhar o preço do leite, arroz e óleo de soja nos atacadistas vai ver que é quase o mesmo preço da prateleira do supermercado”, disse. Os produtos citados por Cícero são os que mais encareceram nas últimas semanas.
Para o presidente da ASPB, não faz sentido a fala do presidente Jair Bolsonaro que afirmou ter pedido aos donos de supermercados para manterem os lucros próximos de zero, simplesmente porque isso já vem sendo praticado desde o início da pandemia. ”a nossa parte nós já estamos fazendo”, comentou.
Cícero Bernardo acredita, porém, que o Governo poderia fazer mais para ajudar. Uma possibilidade seria reduzir a carga tributária dos produtos da cesta básica. Com o custo reduzido para o supermercadista, a redução de preço chegaria ao consumidor final. Outra opção seria derrubar a taxa de importação que existe sobre determinados produtos, como o arroz, por exemplo, para que os supermercados possam trazer os itens de fora a um custo mais baixo.
Culpa é do mercado
De acordo com o presidente da ASPB, a alta de preços está ocorrendo devido ao crescimento da demanda internacional por alimentos. ”Se eu sou um agricultor, um produtor, e outro país quer pagar em dólar pelo meu produto, e eu vou ganhar mais dinheiro, é claro que eu vou vender”, justificou.
Cícero Bernardo explicou que a maior parte da produção de alimentos está indo para fora do país. ”A demanda está maior do que a oferta, aí o preço sobe”, completou.
Segundo ele, os preço só devem voltar a cair quando houver uma produção muito grande, maior do que a procura. Enquanto isso, ele espera que o Governo Federal encontre uma solução para a crise que se instalou no momento.
Por ClickPB