Prof. Me. Francisco Marcos Alves expôs sua opinião sobre o Maio Laranja

Em entrevista ao nosso portal, o Prof. Me. Francisco Marcos Alves, enquanto docente, ativista cultural e membro das pastorais, expôs sua opinião sobre o Maio Laranja, onde poderemos acompanhar na íntegra no que se segue:

“Existem temas que são verdadeiras chagas para a sociedade, pois o simples toque pode fazer doer feridas. Mas, se não houver o toque necessário e o cuidado, como sarar? Diria que, uma das campanhas mais complexas e mais importantes empreendida pela sociedade civil em parceria com o poder público seja a Campanha de Combate à Exploração Sexual da Criança e do Adolescente, o 18 de Maio sendo o dia “D”, e agora amplificado para o Maio Laranja.

A infância e a adolescência são épocas das descobertas no campo da sexualidade. Enquanto cristão tenho convicção de que tudo é dom de Deus, mas muitas vidas, já nesta época, são mutiladas, sequestradas de si por puro egoísmo. É imprescindível que se crie a cultura de falar sobre esse tema, pois temos convicção que, em nosso imenso país, nossas crianças e adolescentes correm o risco de serem exploradas, na grande maioria das vezes, dentro de suas próprias casas. Mas, reforçamos que o cuidado deve ser constante porque o possível algoz, além de ser alguém do ambiente familiar da vítima, pode estar na escola, na igreja, na escolinha de futebol e em qualquer lugar.

Enquanto educador nas diversas esferas da sociedade, seja na escola, na Igreja, na Rádio e nas redes sociais tenho convicção de que a campanha é importante e que a realidade da exploração sexual de menores é maior do que o que imaginamos, no entanto, indiscutivelmente, é necessário que existam ações cada vez mais articuladas entre os poderes constituídos do nosso país em relação ao cuidado e tratamento das vítimas, a punição e ressocialização dos agressores, bem como um projeto de sustentabilidade sócio psíquica à sociedade em relação ao tema, ou seja, que as pessoas sejam conscientizadas abertamente sobre a realidade”.

Redação