A filiação de Geraldo Alckmin ao PSB é mais um passo na indicação do ex-governador de São Paulo na chapa encabeçada por Lula para as eleições presidenciais deste ano. Mas o encaminhamento não tem agradado por completo alguns socialistas. Um dos exemplos é a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) que fez ácidas críticas ao PT em um jantar com empresários em São Paulo, segundo a coluna de Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo.
Ao lado do namorado, o prefeito de Recife, João Campos (PSB), que é da cúpula da legenda e havia se reunido com o ex-governador algumas horas antes, Tabata afirmou que vem “lutando bravamente” contra uma federação de seu partido com o PT.
“Acho que o Brasil comporta e precisa de uma esquerda mais moderna, que não olhe para União Soviética, ou para a Venezuela, mas sim para Portugal, ou para a Espanha, ou ainda para o Partido Democrata, nos EUA”, afirmou. Chegou a dizer também que é contra “qualquer passada de pano para ditadura e autoritarismo”. Ela disse ainda discordar “de todos os posicionamentos que o PT vem tendo”, e disse que “já que a gente vai ter o Lula, que seja com um vice como Geraldo Alckmin”.
Com um discurso mais moderado em relação ao PT, o prefeito de Recife afirmou que “não gostaria de ver o Brasil chegando a essa situação”, de ter uma eleição polarizada entre Jair Bolsonaro e Lula. “Mas chega uma hora em que você se dá por derrotado. Haverá Lula e Bolsonaro. E, no nosso caso, vamos ficar com o Lula”, disse.
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