Veja números dos dois treinadores pelo clube gaúcho e a opinião de comentaristas sobre quem é o maior técnico da história do Tricolor
A noite desta quarta-feira será especial para todo torcedor apaixonado pelo Grêmio. O confronto com o Flamengo, pelas quartas de final da Copa do Brasil, às 21h30, leva para a Arena dois dos maiores nomes da história do clube. Luiz Felipe Scolari e Renato Portaluppi, inclusive, travam uma batalha figurada pelo posto de técnico com mais jogos pelo clube.
Renato — em campo e fora dele — e Felipão comandaram dois ciclos vitoriosos do Grêmio. O atual técnico tricolor tem mais títulos na década de 90, mas ficou menos tempo que o ex-camisa 7 no comando. Está na quarta passagem no banco de reservas do Tricolor e pode se tornar o comandante com mais jogos pelo clube se cumprir o contrato.
Não estamos pensando apenas no Flamengo do Renato, mas esperamos recebê-lo de braços abertos. Aqui é sua casa também.— FelipãoRealmente é um sentimento estranho, eu me criei dentro do clube, ajudei a conquistar títulos como jogador e como treinador. O torcedor sabe que tenho um carinho muito grande por eles, que sou gremista, mas acima de tudo, sou profissional.— Renato Portaluppi
Ao deixar o Grêmio em abril de 2021, Renato esteve à frente do time por 411 vezes. Felipão tem agora 376 partidas, nos números considerados pelo Grêmio — a assessoria do treinador tem uma contagem superior, por exemplo.
A diferença de 35 jogos não pode ser ultrapassada ainda em 2021, já que restam 22 jogos no Brasileirão e, por enquanto, dois na Copa do Brasil. Mas na próxima temporada, Felipão poderia se tornar o técnico com mais partidas pelo Grêmio no Gauchão.
A grande diferença na comparação de ambos é a conquista do Campeonato Brasileiro de 96. Scolari tem o título nacional, enquanto Renato igualou a Copa do Brasil, a Libertadores e a Recopa, mas não conseguiu ter o título da Série A.
Ambos também protagonizaram longos períodos no comando do Tricolor, além da estreita relação com o ex-presidente Fábio Koff, já falecido.
Em 2013 e 2014, Renato e Felipão, respectivamente, foram conduzidos pelo dirigente ao posto de treinador por conta da proximidade. Renato leva vantagem no tempo: ficou por quatro anos e sete meses no Grêmio, enquanto Felipão ostentou as três cores por três anos e quatro meses.
A dupla, apesar de próxima fora de campo, também caminhou para estilos opostos dentro do clube. Felipão foi o grande responsável pela identidade “copeira” e brigadora do Grêmio. Aliás, esse estilo muito foi criticado no passado nos duelos com os grandes times de Palmeiras e Corinthians, especialmente. Mas sempre foi defendido pelos gremistas.
Já Renato chega em 2016 e afina um outro modelo, de domínio sobre o adversário e maior posse de bola. Um futebol mais bem jogado e que chegou a ser rotulado pelo técnico como “melhor do Brasil” depois dos títulos da Copa do Brasil e da Libertadores. Identidade diferente, mas também muito bem definida.